Sobe para 4 número de mortos em confronto durante protesto no Egito

Sem títuloSubiu para quatro o número de mortos no  Cairo nesta sexta-feira (28) durante confrontos entre a polícia e manifestantes islâmicos que protestavam contra a candidatura à presidência do ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sissi, segundo uma fonte integrante das forças de segurança. Entre os mortos há um jornalista.

O jornal “Al Dustur”, onde a jornalista trabalhava, confirmou em sua página na Internet a morte de Mayada Achraf, com um tiro na cabeça. O protesto ocorreu no bairro Ains Chams, no norte da capital.

Os manifestantes eram partidários do ex-presidente Mohamed Mursi e tomaram as ruas de diversas cidades do país para protestar contra o anúncio, há dois dias, da candidatura presidencial de Al-Sissi, responsável pela deposição do líder islamita em julho.

Dezenas de pessoas foram detidas em todo o país, e 17 ficaram feridas após partidários do presidente deposto Mohamed Morsi tomaram as ruas do Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias para manifestar sua revolta com o chefe militar que depôs o líder islamita há nove meses.

Os manifestantes foram dispersados em sua maioria com bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia. Dezenas de manifestantes pró-Morsi também fizeram uma corrente humana ao longo de vários quilômetros no norte da província de Beheira.

Na quarta-feira, o então ministro da Defesa do Egito, comandante do Exército e homem forte do país, marechal Abdel Fatah al-Sissi anunciou, em um discurso à Nação, que se candidatará à presidência nas próximas eleições. Al-Sissi deixou suas funções no Exército e no governo interino para se apresentar como candidato.

Considerado o grande favorito nas eleições, previstas para os próximos meses, Al-Sissi foi quem arquitetou a destituição, em 3 de julho do ano passado, do presidente islâmico Mohamed Morsi.

Na segunda-feira, a Justiça egípcia condenou 529 pessoas à pena de morte – incluindo 366 foragidos – por ações terroristas desde a queda de Morsi. O julgamento durou dois dias.

Além da popularidade, o marechal Al-Sissi e o também militar Nasser têm outro ponto em comum: a sangrenta repressão realizada contra a Irmandade Muçulmana. Diferentemente de Nasser, em seus raros discursos, Al-Sissi fala em árabe egípcio, no lugar do árabe clássico.

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