Ucrânia acusa Rússia de invasão militar no sudeste do país

1A Ucrânia acusou, neste sábado, a Rússia de invadir militarmente seu território com a mobilização de 80 soldados, helicópteros e blindados em um vilarejo situado na Ucrânia continental, perto da fronteira administrativa com a península da Crimeia. Segundo o governo ucraniano, as tropas ocupam uma estação de gás.

A diplomacia ucraniana afirmou que “80 soldados russos” tomaram o controle da localidade de Strilkove, no limite da Crimeia, “com o apoio de quatro helicópteros e três veículos blindados de combate”.

“O ministério ucraniano das Relações Exteriores declara que é uma invasão militar russa e pede à Rússia a retirada imediata de suas forças militares do território da Ucrânia”, afirma um comunicado, antes de acrescentar que a Ucrânia “se reserva o direito de recorrer a todos os meios necessários para deter a invasão militar russa”.

Segundo um agente de fronteira ucraniano, os soldados russos afirmaram que estavam “guardando [o terminal de gás] contra possíveis ataques terroristas”. “Até agora, não há ameaça de confronto”.

Washington reagiu imediatamente. A embaixadora americana nas Nações Unidas declarou que um avanço russo no sul da Ucrânia “seria uma escalada ultrajante”. No entanto, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, havia garantido durante a manhã que seu país “não tem, e não pode ter, planos para invadir a região sudeste da Ucrânia”.

Strilkove não é a primeira posição ocupada pelas forças russas fora da região da Crimeia. O posto de controle de Chongar, um quilômetro ao norte da fronteira com a península da Crimeia, também está controlado por forças russas e milícias pró-russas.

Tensão aumenta na Ucrânia na véspera de referendo na Crimeia

A tensão na Ucrânia aumentou nesta véspera do referendo sobre a anexação da Crimeia à Rússia, com a morte de duas pessoas em Kharkiv. Os diplomatas ocidentais não conseguiram, neste sábado, que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, reunido de urgência em Nova York, aprovasse uma resolução contra o referendo de domingo na Crimeia, depois que a Rússia impôs seu veto.

Cerca de 1,5 milhão de habitantes da península da Crimeia deverão confirmar no domingo em uma consulta a decisão do Parlamento da Crimeia de formar parte da Rússia. A comunidade internacional, como o Conselho da Europa, e as autoridades de Kiev consideram esta votação ilegítima. A Rússia cedeu esta península à Ucrânia em 1954, quando as duas ex-repúblicas formavam parte da URSS. No entanto, Moscou manteve no porto de Sebastopol, na Crimeia, a base de sua frota no Mar Negro.

Fonte: Extra. globo

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