Inteligência americana suspeita que pilotos foram responsáveis

1Oficiais da inteligência dos Estados Unidos estão inclinados a acreditar que os pilotos do voo 370 da Malaysia Airlines foram deliberadamente responsáveis pelo desaparecimento da aeronave no dia 7 de março, com 239 pessoas a bordo, como informou na tarde deste sábado a rede de TV americana CNN.

A revelação de que “quem estava na cabine” provavelmente causou o sumiço foi passada ao veículo por um membro do serviço de inteligência que não quis se identificar. A suposição surge no mesmo dia em que autoridades da Malásia revistaram a casa do piloto responsável pelo voo e que o primeiro-ministro Najib Razak disse que o avião desviou de seu curso devido a uma ação deliberada de alguém que estava a bordo.

O primeiro-ministro ainda afirmou que os sistemas de comunicação do avião que fazia o voo MH370, da Malaysia Airlines, foram deliberadamente desabilitados. De acordo com informações de um satélite militar da Força Aérea da Malásia, em seguida, a aeronave mudou de curso de forma intencional, podendo ter continuado a voar por mais sete horas.

Segundo o depoimento de Razak dado em entrevista coletiva na manhã deste sábado (no horário de Brasília), os movimentos são consistentes de que houve uma ação deliberada de alguém no avião.

Logo após a fala do governante, a polícia foi até a casa do piloto da aeronave, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, em busca de provas e evidências a respeito do desaparecimento da aeronave. Shah vivia em um condomínio fechado na cidade de Shah Alam, que fica a 30 minutos de Kuala Lumpur.

As novidades divulgadas oito dias após o desaparecimento do avião mudam o rumo das investigações. Agora, o trabalho tornou-se uma grande investigação criminal. As autoridades também voltaram as atenções ao perfil dos passageiros e tripulantes. O governante garantiu que irá pedir apoio a outros países da Ásia para ajudar nas buscas.

O voo MH370 da Malaysia Airlines saiu Kuala Lumpur para Pequim às 12h40 do dia 7 de março (horário local) e sumiu das telas dos controladores de tráfego aéreo após cerca de uma hora e vinte minutos.

Razak esclareceu que as novas evidências mostradas pelo satélite apontam como alto o grau de certeza de que um dos sistemas de comunicação da aeronave – o The Aircraft and Communications Addressing and Reporting System – foi desativado pouco antes da chegada à costa leste da Malásia.

O ACARS (na sigla em inglês) é um serviço que permite que os computadores a bordo do avião “conversem” com as máquinas que estão em terra e veiculem informações do voo e da saúde de seus sistemas.

Ainda segundo o primeiro-ministro, pouco tempo depois, perto da fronteira do controle de tráfego entre a Malásia e o Vietnã, o transponder do avião – que emite um sinal de identificação – foi desligado.

De acordo com o radar militar, o avião, em seguida, virou-se e voou de volta à Malásia, antes de seguir na direção noroeste.

O primeiro-ministro explicou que, de acordo com as novas informações obtidas, o voo MH370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14m locais de sábado (21h14m de Brasília da sexta-feira).

O primeiro-ministro se recusou a falar sobre a hipótese de sequestro, mas a exposição que apresentou aponta para esse sentido, segundo interpretação das agências de notícias.

Razak relatou que com essas novas informações, o foco das buscas deixa de ser o mar do sul da China e passa a ser dois “corredores”: um ao norte, da Tailândia à fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão, o que levantaria a hipótese de que o avião caiu em terra, ou pousado; e outro ao sul, da Indosésia ao Oceano Índico.

 

Fonte: Extra.globo

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