Buscas podem ser ampliadas para o Oceano Índico, diz Casa Branca

Boeing 777Uma nova frente de buscas pelo avião da Malaysia Airlines que está desaparecido desde sexta-feira pode ser aberta no Oceano Índico, informou nesta quinta-feira o governo americano. A decisão foi anunciada mesmo depois de o governo malaio negar a informação publicada pelo Wall Street Journal também nesta quinta afirmando que o Boeing 777-200 que desapareceu na sexta-feira pode ter voado por cerca de quatro horas depois do último sinal captado pelos controladores de voo.

— Meu entendimento, baseado em algumas novas informações que não são necessariamente conclusivas, mas novas informações, que uma área adicional de buscas pode ser aberta no Oceano Índico — afirmou o porta-voz da Casa Branca Jay Carney, que afirmou que os Estados Unidos estão consultando seus parceiros internacionais sobre a operação.

Dados transmitidos via satélite sugeririam que o avião teria voado em direção ao Oceano Índico. As buscas se guiaram em uma combinação de dados emitidos com a autonomia de voo.

No início da manhã desta quinta-feira, o governo malaio desmentiu a reportagem do WSJ de que o avião teria enviado sinais após o transponder — equipamento instalado na cabine de comando e que emite sinais para os controladores de voo —ter sido desligado. Seriam sinais chamados ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System), transmitidos via satélite para o fabricante dos motores, Rolls-Royce PLC, com dados sobre o funcionamento da aeronave. A Rolls-Royce apenas confirmou ter recebido transmissões até a 1h07 de sábado — antes de os controladores perderem contato com o avião.

Segundo a rede CNN, porém, oficiais americanos afirmam que o governo malaio não afastou totalmente a possibilidade de os sinais serem do Boeing perdido.

Pistas e desmentidos

Foram encontrados destroços?

Desde o desaparecimento, foram localizados fragmentos no mar que levantaram suspeitas de qe seriam destroços. Nenhuma se confirmou até ontem.

Afinal, até onde se sabe que o avião voou?

Essa informação norteia as equipes de busca, porém, é onde se concentram os maiores desencontros de versões.

Veja algumas:

1 Entre Kuala Lumpur e Pequim

As primeiras informações afirmavam que o avião teria dado meia-volta uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur, e desaparecido logo em seguida, à 1h30min no horário local. Neste momento, o transponder — equipamento na cabine que emite sinais sobre o voo para os controladores de voo — foi desligado. Segue sendo a única informação concreta. Pouco antes, “tudo bem, boa noite”, foi a última mensagem de rádio transmitida ao controle aéreo por um dos pilotos. A transmissão foi feita quando o avião deixava o espaço aéreo malaio para entrar no do Vietnã.

2 No estreito de Malaca

Na terça-feira, fontes da força aérea da Malásia afirmaram que um radar militar detectou um sinal do Boeing às 2h40min (15h40min de sexta no horário de Brasília) perto de Pulau Perak. No dia seguinte, porém, as autoridades desmentiram a informação.

Nesta quinta-feira, porém, um dos navios da Marinha americana que participam da busca ao avião da Malaysia Airlines desaparecido deixou o Golfo da Tailândia para dirigir-se ao Estreito de Malaca. Ou seja, nada está descartado.

3 A noroeste de Kuala Lumpur, próximo à Tailândia

Radares teriam identificado um ponto não identificado de uma aeronave não identificada. Em entrevista, os oficiais da força aérea malaia disseram que não conseguiram descobrir se o sinal é da aeronave perdida.

4 Muito distante de qualquer um desses pontos

O Wall Street Journal informou na manhã de quinta-feira que o Boeing 777 da Malaysia Airlines pode ter voado durante quatro horas após o último contato, segundo investigadores americanos. Os investigadores americanos, que pediram anonimato, baseiam a hipótese nos dados transmitidos automaticamente pelos motores Rolls Royce — os chamados ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System) —, que equipavam o Boeing desaparecido. O ministro dos Transportes, Hishamudin Husein, declarou que as informações estão “erradas”. Especialistas também afirmam que é quase impossível um avião desse porte voar por tanto tempo sem ser detectado por nenhum radar.

 

Fonte: France Press

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