Rodrigo Cunha denuncia para 149 países a tragédia ambiental da Braskem

 

 

Em discurso proferido na 148ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), reunião de deputados e senadores dos cinco continentes que acontece em Genebra, Suíça, o senador Rodrigo Cunha (Podemos) denunciou para representantes de 149 países integrantes da Assembleia a tragédia ambiental cometida pela Braskem em Maceió. A fala de Cunha foi feita nesta terça-feira (26) e nela o senador clamou por atenção mundial para o crime ambiental que vitimou a capital de Alagoas.

Rodrigo Cunha solicitou que a União Interparlamentar crie uma comissão específica para acompanhar esta que é a maior tragedia ambiental em curso no mundo, buscando apoio para a cidade e para as vítimas. O evento em Genebra reúne mais de 800 parlamentares de todo o mundo. A UIP, estabelecida em 1889, é a organização política multilateral internacional mais antiga em atuação e contando com 149 Parlamentos nacionais e Assembleias regionais como membros.

“Clamo a comunidade mundial ajuda e apoio para buscar reparação justa para as pessoas que sofrem no Brasil com essa tragédia. E, também, reparação para imenso dano ambiental causado. Assim como também chamo a atenção para somarmos forças e tratar com seriedade as regras ambientais e fortalecer as formas de fiscalização mineral para não seguirmos testemunhando tragédias como esta. Peço que esta União Interparlamentar crie uma comissão e mobilize parlamentares de todo o mundo para acompanhar, de perto e com vigilância, a responsabilização de quem cometeu este crime ambiental sem precedentes”, disse Cunha.

No início de se discurso, Rodrigo afirmou buscar levar “para conhecimento do mundo através dos senhores que representam 149 nações aqui presentes o caso da maior tragédia ambiental urbana em curso no mundo. E que infelizmente acontece em Maceió. Milhares de famílias foram obrigadas a deixar seus lares por que a empresa de mineração multinacional Braskem, visando apenas o lucro e esquecendo do cuidado com o meio ambiente e com a sociedade, explorou por mais de 40 anos o mineral sal-gema de maneira indiscriminada”, destacou o parlamentar.

“Esta exploração ocorreu sem as devidas fiscalizações e criando cavernas gigantescas embaixo das casas de 60 mil pessoas sem que elas soubessem. E isso já causou o afundamento de diversos bairros gerando rachaduras nas residências e na vida de milhares de pessoas, além de um dano irreparável para a cidade e para o meio ambiente”, prosseguiu Cunha.

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