Maceió entra para o ranking das capitais com maior desigualdade no Brasil
De acordo com um estudo elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, Maceió se destaca como a sexta capital brasileira com maior desigualdade social. Os indicadores utilizados para compor o ranking abrangem diversos aspectos, como educação, renda, pobreza, trabalho e ações climáticas.
A capital alagoana figura em 21º lugar no ranking geral, demonstrando uma disparidade significativa em relação a outras capitais. Entre os fatores analisados, destacam-se a renda, moradia, saúde, educação e violência, que influenciam diretamente na classificação. Maceió alcançou 428 pontos, uma diferença considerável em relação à primeira colocada, que obteve 677 pontos.
Os dados revelam que, mesmo as três capitais mais populosas do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, estão posicionadas em locais inferiores, ocupando respectivamente o quinto, o 11º e o 20º lugar no ranking de desigualdade.
O estudo abrange 40 indicadores distintos, provenientes de diversas fontes como o Censo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Esses indicadores foram agrupados de acordo com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Os resultados demonstram que a desigualdade social persiste em diversas capitais brasileiras, apesar dos esforços das políticas públicas em combater essas disparidades. Jorge Abrahão, coordenador-geral do ICS, ressalta que, embora as políticas públicas tentem abordar os problemas de forma pontual, raramente conseguem resolver suas causas fundamentais.
Nesse contexto, a pesquisa serve como um alerta para que as administrações municipais e estaduais priorizem ações que visem a redução das desigualdades sociais em suas respectivas localidades. A necessidade de políticas integradas, que abordem questões como saúde, educação e assistência social, é evidente para enfrentar os desafios estruturais que permeiam as capitais brasileiras.
