Olho vivo: O paradoxo que envolve a “Capital da Cultura” e a contratação de Devinho Novaes

Após a divulgação do show de Devinho Novaes, na grade de programação de emancipação política de Palmeira dos Índios, uma avalanche de críticas começou a se propagar nas redes sociais.

O município considerado o “berço cultural de Alagoas” e “Capital da Cultura”, gerou polêmica em torno da inserção do cantor de arrocha, que será a principal atração da festa em comemoração aos 129 anos de emancipação política da cidade, que teve como prefeito o maior escritor do país, Graciliano Ramos.

O “maior fenômeno de todos os tempos” como diz a propaganda da Prefeitura de Palmeira, vem ocupando o lugar de artistas consagrados, até mesmo na capital da Cultura. “Se de um lado artistas com cachê inferior ao de Devinho cantam para a família, por outro, Devinho canta para cachaceiro. Um péssimo gosto da gestão, essa contratação pífia”,  afirmou um músico local que preferiu não se identificar.

Devinho não tem culpa de ser contratado para tal finalidade. O problema é que na maioria dos casos aqueles que contratam essa modalidade de música, não entendem de Cultura e acabou por cometer um grande paradoxo, tratando uma cidade cultural, como outra qualquer.  O São João de Palmeira, com programação cultural, abriu espaço para a contaminação de músicas “chulas”, sem teor cultural, e nos deixa sem entender a essência e o que é Cultura para o Município.

Aos gestores, cabe a capacidade e a sensibilidade para que zele pela continuidade dos valores que a Cultura exige.

Ainda não foi divulgado o valor do cachê do “artista”. Embora, o cachê divulgado por outras prefeituras, chega a bagatela de algo em torno de R$ 60 mil.

Polêmica

O jovem que iniciou cantando em festas de aniversário, e com o tempo, despontou para um “sucesso” local. Considerado pupilo de Wesley Safadão com o qual gravou a música “Alô dono do bar”, que o deixou famoso, mora atualmente em Aracaju.

Vindo da extrema pobreza, Devinho Novaes já foi alvo de polêmicas em Alagoas. Ele acusou um tenente de agressão na cidade de Coruripe e chegou a falar mal de um hotel em Bom Conselho, cidade de Pernambuco, vizinho a nossa Palmeira dos Índios.

Recentemente, causou polêmica ao publicar um vídeo no qual esnoba as mulheres. “Qual a mulher que hoje não quer namorar comigo, pelo amor de Deus?”, diz.

Nem mesmo as polêmicas envolvendo o cantor, atrapalharam a contratação do “Boyzinho”.

É fato, que somos bastante repreendidos por historiarmos verdades. No entanto, é fato, que apesar de toda verdade não ser absoluta, nunca abordamos neste espaço temas que despontassem a falsidade ou difama.  Ao contrário; trabalhamos com a prova da verdade, quer dos fatos atuais, ou dos que passaram e deixaram um borrão envergonhado. Esse, será um deles! “A incultura incentevêia a ploreferação das corruptâncias.”

“O maior inimigo de um governo é um povo culto.”

Fui!

 

Austrelino Bezerra

2 comentários sobre “Olho vivo: O paradoxo que envolve a “Capital da Cultura” e a contratação de Devinho Novaes

  1. É uma vergonha mais, fazer o que se os artista da terra não participam da mafia cultural do município, esse tal de Deivinho Nós ia é um lixo. parabéns aos poderosos de palmeira pelo incentivo a cultura local.

  2. Sério isso? Pq tem haver cultura com Devinho? Com tantos cantores ótimos culturalmente falando a prefeitura contrata esse? Dá vontade de rir kkkkk. Que fique bem claro “não tenho nada contra ao cantor” mas acredito q ñ tem nada haver com cultura. Essa é a minha opinião.

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