Timor Leste vai às urnas para eleger novo presidente do país

1Mais de 740 mil timorenses estão convocados a comparecer às urnas nesta segunda-feira (20) para eleger o próximo presidente, na quarta eleição desde a independência do país, em 2002. Será o primeiro pleito da antiga colônia portuguesa desde a retirada das tropas da ONU, em 2012. Os soldados foram enviados ao Timor Leste em 2006, após uma crise colocar o país à beira de uma guerra civil.

Oito candidatos disputam o cargo, com o candidato da coalizão governante como favorito. A votação terá um segundo turno, em 20 de abril, se nenhum conseguir a maioria absoluta dos votos. O pleito também terá mesas de voto em Lisboa, em Portugal, e em Sydney e Darwin, na Austrália, onde estão aptos a votar cerca de 1,3 mil eleitores residentes no exterior.

Francisco Guterres aparece à frente nas pesquisas. Conhecido como Lo Olo, ele concorre pela terceira vez à chefia de Estado, após ter sido derrotado em 2007 por José Ramos Horta e em 2012 pelo atual presidente, José María Vasconcelos.

Candidato da Frente Revolucionária pela Independência do Timor-Leste (Fretilin), Guterres conta com o apoio do Congresso Nacional para a Reconstrução do Timor (CNRT), o partido do carismático ex-líder guerrilheiro, Xanana Gusmão.

Os dois partidos surgiram do movimento armado de resistência à ocupação indonésia e selaram um acordo de governo em 2015, com a renúncia de Gusmão como primeiro-ministro e sua substituição por Rui Araújo, do então opositor Fretilin.

O novo presidente tomará posse em 20 de maio, data do 15º aniversário da independência do país, quando termina o mandato de Vasconcelos, conhecido como Taur Matan Ruak.

O Timor-Leste tem cerca de 1,2 milhão de habitantes e alcançou a independência em 2002, após três anos administrado pela ONU, 24 anos ocupado pela Indonésia e vários séculos de domínio português.

Poderes do presidente

A eleição do novo presidente, cargo com poucos poderes executivos mas com poder de veto de iniciativas legislativas, será seguida pelos pleitos para escolher o novo parlamento e o novo governo timorense, que estão marcadas para julho.

Vasconcelos não tentará a reeleição e espera-se que se apresente como candidato a primeiro-ministro nas eleições de julho, após carimbar uma aliança com o Partido da Libertação do Povo, fundado em 2015 pelo comissário anticorrupção, Adérito Soares.

Fonte: G1

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