Quatros candidatos a prefeito em Alagoas sentam no banco do réus pela Taturana

1Quatro candidatos a prefeito – duas em Maceió, peemedebista Cícero Almeida e Paulão do PT e um de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, PP que lidera todas as pesquisas para vencer o pleito de 2 de outubro, sentam hoje no banco do réu no Tribunal de Justiça de Alagoas, cuja audiência será aberta para o povo.  E em Minador do Negrão, médico Cícero Ferro tenta voltar a ser prefeito depois de ser derrotado por três vezes.

É de se destacar como advogado, o renomado Nabor Bulhões, alagoano de Palmeira dos Índios que tem hoje um dos escritórios de advocacia mais caro do Brasil que defende inclusive o mega-empresário Marcelo Odebrecht envolvido na Operação Lava Jato, preso a mais de um ano em Curitiba. Além desses quatro, estarão sendo julgado os arapiraquenses: Junior Leão e Dudu Albuquerque; o conselheiro afastado do TCE, Cícero Amélio; o deputado federal Arthur Lira(PP); o deputado estadual João Beltrão(PSD).

A lista ainda tem os palmeirenses tucano Val Gaia Filho e o ex-deputado estadual Fernando Juliano Gaia Duarte; o deputado santanense Isnaldo Bulhões Junior, o ex-deputado Mauricio Tavares, Antônio Aroldo Cavalcante Loureiro, o ex deputado estadual José Adalberto Cavalcante Silva e ex-deputada estadual pelo PT, professora Maria José Pereira Viana, a única mulher no time. Maria José foi secretaria Estadual no governo Ronaldo Lessa em seu primeiro mandato e ainda foi secretária de Educacão em Maceió na gestão de Cícero Almeida.

E ainda o deputado estadual Antônio Albuquerque, presidente do PTB em Alagoas. Gilberto Gonçalves – aquele do “Eu quero meu dinheiro”, um dos destaques do Fantástico, da Rede Globo, podem ficar inelegíveis, caso a condenação seja mantida na 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

O jogo (julgamento) começa às 9h desta quinta-feira, no Pleno do TJ. As cadeiras reservadas para a imprensa já se esgotaram. Mas é esperada a presença de um grande público, seletivo, é claro. Vale a pena ficar ligado, porque alguns desses “notáveis” podem ficar pelo caminho e pendurar as chuteiras.

Saiba como foi: Eram aproximadamente cinco horas da manhã do dia 06 de dezembro de 2007, fazia pouco tempo que a Polícia Federal estava sob nova coordenação e o que parecia ser uma quinta-feira qualquer era na verdade o início de um novo capítulo na história recente de Alagoas.

Já na primeira coletiva, o superintendente José Pinto de Luna e o delegado responsável pela operação Janderlier Gomes, começaram a explicar que as investigações apontam desvio de R$ 302 milhões dos cofres do Legislativo. No final de março de 2008, em decisão inédita e histórica, Antonio Sapucaia determinou o afastamento do mandato de 10 deputados indiciados pela Operação Taturana.

O Procurador Geral de Justiça Coaracy Fonseca e o desembargador Antonio Sapucaia passaram então a receber ameaças de morte. O delegado Janderlier Gomes, em um trabalho desgastante, entregou o inquérito a Justiça, nele está contido, de acordo com a PF, provas irrefutáveis, gravações telefônicas, documentos , todas as comprovações necessárias sobre o esquema. O inquérito, presidido pelo delegado Janderlier Gomes, teve como resultado 10 indiciados, entre eles um conselheiro do Tribunal de Contas, 15 deputados, 11 ex-deputados, dois prefeitos, três secretários municipais, cinco candidatos nas últimas eleições, seis bancários, 30 funcionários da ALE e 10 familiares de políticos.

Ao todo são 13 volumes de inquérito policial, 94.325 páginas, 233 laudos produzidos, 399 pessoas ouvidas e 30 carros apreendidos. Após Quinze meses de afastamento, oito deputados que tiveram seu afastamento decretado, dois já haviam retornado em Janeiro de 2009, retornaram aos cargos no dia 12 de julho deste ano após uma decisão do presidente do STF , Gilmar Mendes. Os deputados Antonio Albuquerque, João Beltrão, Cícero Ferro, Arthur Lira, Nelito Gomes de Barros, Isnaldo Bulhões Junior, Dudu Albuquerque, Marcos Ferreira, Edval Gaia Filho e Maurício Tavares.

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