Enfermeiro morto a tiros em motel é sepultado sob forte comoção em Batalha
O município de Batalha, no Sertão de Alagoas, viveu momentos de profunda comoção nesta segunda-feira (15), durante o velório e o sepultamento do enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, natural da cidade. O profissional de saúde foi assassinado a tiros dentro de um motel, em Arapiraca, na madrugada do último domingo (14), em um crime que ainda está sob investigação da Polícia Civil (PC).
O corpo foi velado em um ginásio de esportes do município, onde familiares, amigos, moradores e colegas de profissão se reuniram para prestar as últimas homenagens. Abalados pela dor, os familiares optaram por não conceder entrevistas à imprensa. O clima era marcado por tristeza profunda, revolta e incredulidade diante da morte precoce do enfermeiro.
Após o velório, o corpo seguiu em cortejo fúnebre pelas principais ruas de Batalha até o Cemitério Municipal São Francisco de Assis. O caixão foi transportado em um carro funerário, acompanhado por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Durante o percurso, dezenas de pessoas acompanharam o cortejo a pé, em silêncio, com semblantes tomados pela dor. A cada rua percorrida, moradores se uniam à despedida, lembrando Ítalo Fernando como um homem simples, caseiro e profundamente comprometido com o cuidado aos pacientes, tanto em Batalha quanto em Arapiraca, onde atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e em hospitais da região.
O sepultamento ocorreu por volta das 11h, sob forte emoção. Familiares, entre eles a mãe, a irmã, primos e primas, estavam inconsoláveis. Em conversas reservadas, parentes relataram sentimento de revolta e clamaram por justiça, afirmando que aguardam esclarecimentos completos sobre o crime, que ainda levanta muitas dúvidas.
Ítalo Fernando foi encontrado sem vida dentro de um quarto de motel, no bairro Canaã, em Arapiraca, atingido por sete disparos de arma de fogo. Um policial militar foi preso em flagrante, suspeito de autoria do homicídio. De acordo com a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para uma suposta traição conjugal como motivação do crime.
O caso segue sob apuração da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, que realiza análise de imagens de videomonitoramento e oitivas de testemunhas para o completo esclarecimento dos fatos.



