Justiça mantém júri popular contra empresário acusado de matar PM em Arapiraca

A Justiça de Alagoas decidiu manter o júri popular do empresário Edson Lopes da Rocha, acusado de atropelar e matar a policial militar Cibely Barboza Soares, em Arapiraca. A decisão foi proferida pelo juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara, que rejeitou todos os pedidos apresentados pela defesa.

Os advogados do empresário tentaram reverter a pronúncia alegando omissões e contradições no processo. Eles também solicitaram a mudança da acusação para homicídio culposo, além da realização de uma reconstituição do acidente. Nenhuma das solicitações foi aceita pelo magistrado.

Ao manter a decisão anterior, o juiz destacou que existem elementos suficientes para levar o caso ao julgamento pelo Tribunal do Júri, onde os jurados irão definir se houve dolo eventual — quando o motorista assume o risco de provocar a morte — ou culpa.

Com a decisão, a defesa e a acusação têm cinco dias para apresentar a lista de testemunhas que deverão ser ouvidas em plenário e para pedir diligências complementares. A data do júri ainda será definida.

O caso

O acidente ocorreu em outubro de 2023, na rodovia AL-220, quando a policial Cibely pedalava ao lado do marido, também militar. Os dois foram atingidos por uma caminhonete conduzida pelo empresário. Cibely morreu no local; o esposo sobreviveu aos ferimentos.

Edson Lopes prestou depoimento e respondeu ao processo em liberdade. Ele afirmou que não viu o casal na pista e negou ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.

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