Políticos alagoanos se dividem após condenação de Bolsonaro pelo STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por participação em uma trama golpista. A decisão foi tomada por 4 votos a 1, com destaque para o voto da ministra Cármen Lúcia, proferido na tarde de quinta-feira (11), no quinto dia de julgamento.
O presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, acompanhou os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que já haviam se manifestado pela condenação em sessão anterior.
Após a sentença, políticos de Alagoas se manifestaram nas redes sociais, mostrando opiniões divergentes. O senador Renan Calheiros comemorou a decisão, afirmando que o STF confirmou a vitória da democracia e que quem conspira contra o poder deve responder por seus crimes. O deputado federal Paulão (PT) destacou o caráter histórico da condenação, lembrando que é a primeira vez que um ex-presidente é responsabilizado criminalmente por atentados às instituições democráticas.
Entre os apoiadores de Bolsonaro, houve críticas à decisão. O deputado estadual Cabo Bebeto questionou a imparcialidade da Justiça, e o deputado federal Fábio Costa afirmou que o julgamento representa perseguição política. O deputado Alfredo Gaspar classificou a condenação como um “absurdo que fere a democracia”, defendendo que a direita brasileira não será silenciada.
A vereadora de Maceió Teca Nelma considerou a condenação um marco na história da democracia brasileira e ressaltou que outras ações de Bolsonaro, como a condução da pandemia, também devem ser responsabilizadas.
A decisão do STF continua gerando repercussão e dividindo opiniões entre políticos alagoanos, refletindo o clima polarizado que caracteriza a política no país.
