Advogado questiona delação e diz que Bolsonaro não tem ligação com 8 de Janeiro

Durante julgamento no STF nesta quarta-feira (3), os advogados de Jair Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente não teve participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, não discutiu minuta golpista e não atentou contra a democracia.

A defesa, representada por Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, disse que não há provas que vinculem Bolsonaro aos planos citados pela Polícia Federal, como a Operação Punhal Verde Amarelo e a Operação Luneta.

Os advogados também contestaram a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, alegando contradições nos depoimentos e pedindo a anulação da colaboração premiada.

Vilardi afirmou ainda que a defesa não teve acesso completo às provas e que o material fornecido pela PF — mais de 70 terabytes — não pôde ser analisado adequadamente.

Sobre a minuta do golpe, a defesa alegou que o documento não foi discutido com os comandantes militares e que, após uma reunião em dezembro de 2022, o tema foi encerrado.

Por fim, a defesa ressaltou que Bolsonaro não dificultou a transição para o governo Lula, tendo inclusive intermediado contato entre os comandantes das Forças Armadas e o então futuro ministro da Defesa, José Múcio.

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