Palmeira dos Índios cria Código de Defesa Animal, mas falta ação concreta

Palmeira dos Índios está prestes a instituir o Código de Defesa e Bem-Estar de Animais Domésticos, anunciado pela Prefeitura após os recentes casos de envenenamento de cães. O projeto estabelece normas para guarda responsável, proíbe maus-tratos, define penalidades e prevê campanhas educativas. Segundo a prefeita Tia Júlia, a iniciativa reforça o compromisso da gestão com a causa animal.

No entanto, críticos lembram que a Prefeitura vinha sendo leniente, cortando recursos destinados a abrigos e programas de proteção animal, e só se mobilizou de forma efetiva após o escândalo. Além disso, muitos questionam: onde está o abrigo municipal? Para especialistas e protetores de animais, um código é importante, mas sem infraestrutura para receber, cuidar e resgatar animais abandonados ou vítimas de maus-tratos, ele fica limitado.

Enquanto a Prefeitura trabalha na legislação, a Câmara Municipal também atua em defesa dos animais. O vereador Madson Monteiro divulgou nota oficial cobrando investigação e punição dos responsáveis por maus-tratos e realiza indicações para ações de proteção, como doação de ração e campanhas de conscientização.

Para Madson, apenas o Código não é suficiente. “Precisamos de ações concretas. Um abrigo municipal e políticas permanentes de cuidado são essenciais para que a lei não seja apenas papel”, afirma.

A expectativa é que o Código seja votado em breve, mas protetores e cidadãos seguem cobrando medidas efetivas. Palmeira dos Índios pode avançar na proteção animal, mas sem estrutura física e programas consistentes, a mudança corre o risco de ser apenas simbólica.

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