Lula nomeia Marluce Caldas ministra do STJ em cerimônia no Palácio da Alvorada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, em 10 de julho de 2025, a procuradora Maria Marluce Caldas Bezerra como nova ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A nomeação foi oficializada em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
A escolha ocorreu a partir de lista tríplice formada em outubro de 2024, que também incluía Sammy Barbosa Lopes e Carlos Frederico Santos. Marluce foi indicada para ocupar a vaga deixada pela aposentadoria da ministra Laurita Vaz.
Aprovação no Senado
No dia 13 de agosto de 2025, o Senado aprovou, por unanimidade, a indicação de Marluce Caldas, com 64 votos favoráveis. Antes da votação em plenário, a procuradora foi sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça, onde respondeu a questionamentos sobre sua trajetória jurídica e visão de Judiciário.
Carreira e pioneirismo
Natural de Ibateguara, em Alagoas, Marluce formou-se em Direito pela Universidade Federal de Alagoas em 1982 e ingressou no Ministério Público estadual em 1986. Em 2021, foi promovida a procuradora de Justiça.
Ao longo de sua carreira, atuou nas áreas criminal, de direitos humanos, infância e juventude. Foi a primeira mulher promotora a participar de um júri popular em Maceió e também a primeira procuradora a integrar uma Câmara Criminal no Tribunal de Justiça de Alagoas.
Representatividade no Judiciário
Com a posse, Marluce Caldas se tornará a décima mulher a compor o STJ, fortalecendo a presença feminina em uma das principais cortes do país. Será ainda a primeira ministra oriunda do Ministério Público Estadual, marco histórico para a instituição.
Articulação política
A indicação também tem peso político em Alagoas. Marluce é tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), irmã do ex-deputado João Caldas e cunhada da senadora Eudócia Caldas. Sua escolha foi vista como um ponto de convergência entre diferentes grupos políticos do estado, incluindo lideranças ligadas ao MDB e ao PP, o que contribuiu para a ampla aprovação no Senado.