Ambulantes são proibidos no FIPI, mas público entra com cooler sem revista por porta lateral

A decisão da Prefeitura de Palmeira dos Índios, em conjunto com o Judiciário, de proibir a venda de churrasquinho no palito e de bebidas em garrafas durante o Festival de Inverno (FIPI), foi justificada como uma medida de segurança importante e, em tese, correta. A determinação visava evitar acidentes, desordem e garantir maior proteção ao público.

Entretanto, na prática, a regra não foi aplicada de forma igualitária. Enquanto os ambulantes ficaram limitados à venda de bebidas em latas, o Estadão Alagoas flagrou diversas pessoas entrando por uma porta lateral com coolers cheios de bebidas sem qualquer tipo de revista ou fiscalização.

O episódio levanta dúvidas sobre a real eficácia das medidas. Se o objetivo era reduzir riscos e aumentar o controle, como justificar a entrada de recipientes não inspecionados, que poderiam conter não apenas bebidas, mas também objetos perigosos?

“Fomos impedidos de vender churrasquinho e garrafas para, supostamente, proteger o público. Mas vimos gente entrando com coolers sem revista nenhuma. É justo para quem trabalha e depende disso?”, questionou um ambulante.

Mesmo com o reforço do policiamento no festival, fica claro que as forças de segurança não têm condições de conter as brechas abertas pela própria organização. A sensação é de que os trabalhadores foram penalizados, enquanto parte do público consegue burlar facilmente as regras.

A medida em si pode ser considerada correta, mas não serve para todos: ao não fiscalizar de forma uniforme, a organização fragiliza a segurança do evento e coloca em dúvida a coerência de suas decisões.

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