Operação em Alagoas detém ex-candidata a prefeita de Tanque d’Arca, marido e filha; após ser liberado, Wolney ironiza ação policial
Nas primeiras horas desta quarta-feira (13), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) deflagrou a Operação LUX, considerada uma das maiores já realizadas contra crimes fiscais no estado. A ofensiva cumpre 14 mandados de busca e apreensão em Maceió e Pilar, mirando 12 pessoas físicas e 14 empresas investigadas por suspeita de emitir milhares de notas fiscais ideologicamente falsas, movimentando valores que podem chegar a R$ 150 milhões.
Entre os alvos mais conhecidos, estão Adriana Wanderley, ex-candidata à Prefeitura de Tanque d’Arca, e o marido, Wolney Valença. O casal foi detido durante o cumprimento de mandados e se tornou o centro das atenções na operação.
Na residência do casal, no bairro da Serraria, em Maceió, equipes da Companhia de Rondas de Ação Intensiva Ostensiva (Raio) e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) encontraram um verdadeiro arsenal: três armas de fogo – uma pistola calibre 380 e dois revólveres calibre 357 –, uma pistola airsoft, 70 munições de diversos calibres, duas facas, um punhal, três veículos, um cofre e aparelhos eletrônicos. Parte dos bens estava registrada em nome de empresas de terceiros, o que reforça a linha investigativa de lavagem de dinheiro.
Uma segunda residência, no município do Pilar, também foi alvo da operação, dentro do mesmo contexto de apuração de crimes como sonegação fiscal, lavagem de capitais e porte ilegal de armas.
Horas depois de ser liberado, Wolney Valença publicou um vídeo nas redes sociais ironizando a ação policial e negando envolvimento nos crimes apurados. O tom de deboche gerou repercussão, principalmente diante da gravidade das suspeitas e do volume de bens apreendidos.
As investigações continuam para esclarecer a origem do patrimônio e confirmar o papel de Adriana Wanderley e Wolney Valença no suposto esquema milionário revelado pela Operação LUX.