Mulheres infartam menos, mas morrem mais que homens: entenda os motivos

Embora as mulheres tenham menor incidência de infarto do que os homens, elas apresentam um risco significativamente maior de morrer após um episódio cardíaco. Estudos recentes indicam que a mortalidade feminina após infarto, especialmente na forma mais grave da doença, é quase o dobro da observada nos homens.

Uma das explicações para esse dado está nas diferenças biológicas entre os sexos. As artérias das mulheres tendem a ser de menor calibre e podem apresentar obstruções múltiplas, o que dificulta o tratamento. Além disso, a redução dos níveis de estrogênio após a menopausa diminui a proteção natural do organismo contra doenças cardiovasculares.

Outro fator importante são as diferenças no comportamento social e cultural. As mulheres frequentemente demoram mais para reconhecer os sintomas do infarto e buscar atendimento médico, o que pode agravar o quadro clínico. Problemas como violência doméstica, desigualdade no acesso à educação e saúde também aumentam a vulnerabilidade feminina diante da doença.

Além disso, as mulheres recebem menos tratamentos invasivos, como angioplastia e trombólise, em comparação aos homens. Essa disparidade pode estar relacionada a preconceitos e estereótipos de gênero que influenciam as decisões médicas.

Diante desse cenário, é fundamental que a atenção à saúde cardiovascular das mulheres seja reforçada, com diagnóstico precoce, tratamentos adequados e políticas públicas que considerem as particularidades e desafios enfrentados por elas.

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