Morre Miguel Uribe Turbay, pré-candidato à presidência da Colômbia baleado durante discurso
Faleceu nesta segunda-feira (11) o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, pré-candidato à presidência da Colômbia pelo partido Centro Democrático. Ele estava internado em estado crítico desde 7 de junho, quando foi baleado durante um comício de campanha em Bogotá. Uribe tinha 39 anos.
O atentado ocorreu no bairro Modelia, na localidade de Fontibón, na capital colombiana, quando Uribe discursava para apoiadores. Um adolescente de 15 anos, identificado como Juan Sebastián Rodríguez Casallas, atirou contra o político, atingindo-o com dois tiros na cabeça e um na coxa esquerda. A arma utilizada foi uma pistola Glock 9mm, comprada legalmente nos Estados Unidos em 2020. As autoridades colombianas investigam a possibilidade de o ataque ter sido orquestrado por uma rede criminosa, que pode envolver ao menos dez pessoas.
Após o ataque, Uribe foi submetido a diversos procedimentos médicos e permaneceu internado em estado grave por mais de dois meses, mas não resistiu aos ferimentos.
Miguel Uribe Turbay era neto do ex-presidente colombiano Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 pelo Cartel de Medellín. Iniciou sua carreira política como vereador de Bogotá, tendo também ocupado o cargo de secretário de governo da cidade. Em 2022, foi eleito senador pelo Centro Democrático. Em março de 2025, oficializou sua pré-candidatura à presidência para as eleições de 2026.
A morte de Uribe causou grande comoção no país e reacendeu o debate sobre a violência política na Colômbia, especialmente contra candidatos e autoridades públicas. O presidente colombiano, Gustavo Petro, lamentou profundamente o falecimento do senador e manifestou condolências à família, recordando a trágica morte da mãe de Uribe, Diana Turbay. Internacionalmente, líderes como o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também expressaram solidariedade e pediram maior segurança para os processos democráticos.
A esposa de Miguel Uribe, María Claudia Tarazona, confirmou o falecimento em uma publicação nas redes sociais, descrevendo-o como o “amor de sua vida” e prometendo cuidar dos filhos do casal.
O caso destaca os desafios que a democracia colombiana ainda enfrenta diante da violência política e criminal, trazendo uma reflexão urgente sobre segurança e justiça para candidatos e cidadãos.
