Golpe “boa noite, cinderela”: mulheres com passagens policiais são alvo de investigação no Rio
Três mulheres são investigadas por aplicarem o golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela” em dois turistas britânicos na madrugada de quinta-feira (8), em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. Uma das suspeitas, Raiane Campos de Oliveira, de 27 anos, possui 20 passagens pela polícia e já foi condenada por crime semelhante no passado.
Como o Golpe Foi Aplicado
Os turistas, universitários de 21 e 23 anos, relataram à polícia que conheceram as mulheres em uma roda de samba na Lapa. Após consumirem caipirinhas oferecidas por elas, os jovens perderam a consciência e foram encontrados na manhã seguinte na praia de Ipanema, cambaleando e desorientados. Eles foram socorridos e levados à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Copacabana.
Durante o atendimento, os turistas perceberam que seus celulares haviam sido roubados. Com um dos aparelhos, as mulheres realizaram uma transferência bancária no valor de 16 mil libras esterlinas, equivalente a mais de R$ 110 mil.
Histórico Criminal das Suspeitas
Raiane Campos de Oliveira já foi presa anteriormente pelo mesmo tipo de crime. Em 2023, ela foi condenada a seis anos de prisão no regime semiaberto por roubo a um turista inglês que afirmou ter sido dopado e roubado por duas mulheres que conheceu em um samba na Pedra do Sal. No entanto, ela foi absolvida pela 8ª Câmara Criminal no mês passado, por falta de provas suficientes.
Além de Raiane, as outras duas mulheres identificadas são Amanda Couto Deloca, de 23 anos, e Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 26. Elas são naturais do Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, e atuam em pontos turísticos como Lapa, Pedra do Sal, Copacabana, Ipanema e Leblon.
Orientações da Polícia Civil
A Delegacia de Atendimento ao Turismo (Deat) alerta turistas sobre os riscos desse tipo de golpe. A delegada Patrícia Alemany recomenda cautela ao aceitar bebidas de desconhecidos e evitar levar pessoas para hospedagens particulares. Ela também destaca que, geralmente, as criminosas atuam em duplas ou trios, e os crimes ocorrem frequentemente em apartamentos alugados.
A polícia já identificou o taxista que transportou as mulheres após o crime, mas ele não tem envolvimento no golpe.