Filho do ministro Barroso decide não retornar aos EUA após suspensão de vistos a magistrados do STF


O filho do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Bernardo Van Brussel Barroso, optou por não voltar aos Estados Unidos após o governo de Donald Trump suspender os vistos de oito dos onze ministros da Corte, incluindo Barroso.

A decisão foi tomada por precaução, seguindo conselho do próprio ministro Barroso, para evitar a possibilidade de ser barrado na entrada do país. Bernardo, que atua como diretor do banco BTG Pactual em Miami, viajou para a Europa antes da suspensão dos vistos, aplicada com base na chamada Lei Magnitsky, que prevê sanções a pessoas envolvidas em violações de direitos humanos e corrupção.

Até o momento, não houve notificação oficial informando quais ministros tiveram seus vistos suspensos, mas a medida já tem gerado preocupação dentro do STF. Ministros ouvidos em caráter reservado manifestaram receio não apenas sobre as sanções já adotadas, mas também sobre possíveis restrições futuras, como a impossibilidade de realizar operações financeiras nos EUA. Alexandre de Moraes foi o único ministro até agora a sofrer punição deste tipo.

As sanções fazem parte de um movimento do governo americano, motivado pela atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, e têm como objetivo pressionar o STF para impedir que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja investigado por suposta tentativa de golpe de Estado. Apesar das medidas, fontes indicam que as punições aplicadas até agora não devem influenciar o andamento das investigações no Brasil.

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