Após uso excessivo de vape, jovem é diagnosticada com câncer aos 27

A brasiliense Laura Beatriz Nascimento, de 27 anos, transformou o que começou como uma “brincadeira para se enturmar” na adolescência em um diagnóstico grave: câncer no pulmão, identificado no final de 2024.

Aos 14 anos, Laura experimentou nicotina influenciada por amigos. O uso esporádico evoluiu para dependência por volta dos 17/18 anos, durante um intercâmbio na Nova Zelândia. De volta ao Brasil, retomou o tabaco apenas ocasionalmente — até 2020, quando, na pandemia, conheceu os pods descartáveis. Sob a promessa de serem menos prejudiciais, acabou caindo em dependência intensa.

“Antes, quando fumava tabaco, se eu quisesse, ficava três meses sem fumar. Depois do pod, fiquei totalmente dependente e passei a fumar todo dia. Não conseguia ficar sem.”

Ativa fisicamente, Laura percebeu piora no desempenho sem dar importância, atribuindo à rotina e ao álcool. Só em novembro de 2024, com tosse intensa e dor ao tossir, buscou atendimento médico. Foi então internada e recebeu o diagnóstico de câncer pulmonar — que exigiu cirurgia para remoção de parte do órgão e linfonodos.

Apesar de atrativo e com aparência moderna, o cigarro eletrônico traz riscos sérios à saúde. A nicotina concentrada, produtos tóxicos, o surgimento da EVALI (lesão pulmonar aguda associada ao vape) e a facilidade de dependência são destacados como perigos relevantes.

Após cirurgia, Laura retomou treinos físicos como corrida, natação e academia, conseguindo inclusive superar seus próprios recordes. Hoje, compartilha sua história online para alertar outros jovens sobre os malefícios do vape.

“Sempre dá tempo de parar. Se você fuma há pouco tempo, pare agora, porque depois é muito mais difícil. A nicotina é um dos vícios mais difíceis de largar, e os cigarros eletrônicos têm muito mais nicotina do que o cigarro comum. Se recair, tente de novo. Uma hora você consegue.”

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