MDB dividido entre Renan Filho, Tarcísio e a velha estratégia da neutralidade


O MDB mais uma vez se vê dividido diante da disputa presidencial que se aproxima. De um lado, uma ala do partido quer indicar o senador licenciado e atual ministro dos Transportes, Renan Filho (AL), como vice na chapa de Lula (PT). De outro, há quem defenda o apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, caso ele entre na corrida presidencial.

A jornalista Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou ainda que há outras duas possibilidades sendo ventiladas internamente: lançar uma candidatura própria ou apoiar algum nome da direita.

Apesar da movimentação pró-Renan, é pouco provável que Lula abra mão de Geraldo Alckmin (PSB). O atual vice vive um momento de alta dentro do governo. Discreto, confiável e com trânsito no meio empresarial, Alckmin ganhou ainda mais respaldo com sua atuação em episódios sensíveis, como a recente tensão comercial com os Estados Unidos, após o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil.

A única chance real de mudança na chapa petista seria uma reviravolta política de última hora, algo improvável no cenário atual.

Enquanto isso, o MDB segue fiel à sua tradição: deve, mais uma vez, liberar seus filiados a apoiarem o candidato de sua preferência. Uma postura que visa fortalecer sua bancada no Congresso, mesmo à custa de protagonismo no debate nacional.

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