Caso Gabriel: Silêncio, omissão e a reconstituição que ainda pode mudar tudo
O que era para ser um grito por justiça virou silêncio. A família de Gabriel, jovem morto no sábado (3) durante uma perseguição policial, desmarcou o segundo protesto que faria em busca de justiça, desta vez em frente ao Cispi, na última sexta-feira (16).
O caso, que comoveu muitos nos primeiros dias, parece estar sendo esquecido.
Nos bastidores, há revolta. Gente que lutou desde o início para que a história viesse à tona não recebeu sequer um “obrigado”. Enquanto isso, meios de comunicação que até tentavam denegrir a imagem do estudante, o marginalizando, fazem coberturas intensas, agora, quando o fato “rende” e recebem informações privilegiadas.
O advogado da família pediu a reconstituição do crime, o que pode mudar os rumos da investigação. Um detalhe crucial pode cair como uma bomba: a trajetória do primeiro disparo. Se ficar provado que Gabriel estava de costas, e desarmado, como afirmam testemunhas, os policiais envolvidos podem não só perder a farda, como enfrentar a prisão. Há ainda a suspeita de que uma arma tenha sido implantada na cena, o que tornaria o crime ainda mais grave.