Dia das Mães e a dor de quem perdeu um filho
O luto é uma etapa dolorosa para quem perde um ente querido. E para quem perde um filho? Na semana passada, uma mãe teve o filho brutalmente arrancado de sua família durante uma perseguição policial que teve um desfecho trágico. Gabriel Pereira, de 16 anos, foi perseguido e morto pela polícia no sábado (3), deixando um vazio entre os pais, irmãos, amigos e familiares.
Desta forma, o que comemorar no Dia das mães? Mesmo tendo outros filhos, apesar de todas as mulheres dizerem que o amor dedicado a eles é distribuído de forma igual para todos, um sempre será diferente do outro. E a vida não encontra substitutos para uma morte. Um filho não pode ser substituído. E quando essa ausência se dá por meio da violência, a dor é ainda maior. É como se o ser humano achasse que é um deus, tem poder para isso e a vida de outra pessoa é fútil. Quem aliviará o coração da mãe de Fernanda Ferreira, mãe do menino Gabriel, morto em um ato de covardia e crueldade? O sentimento de justiça? O passar do tempo? A família? Os amigos?
Mesmo que todas essas alternativas amenizem a dor e o sofrimento, nada, absolutamente nada, preencherá o pedaço que foi levado desta mãe que clama por justiça, como forma de honrar o nome do seu filho Gabriel.