Comissão de delegados é formada para investigar caso de adolescente morto após perseguição

 

A Polícia Civil de Alagoas, por meio da sua Delegacia Geral, informou nesta quarta-feira (7) sobre a formação de uma comissão destinada a investigar a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, que foi atingido por disparos durante uma ação policial em Palmeira dos Índios no último sábado (3).

A decisão foi tomada diante da significativa repercussão do incidente. De acordo com a Polícia Militar, Gabriel teria ignorado uma ordem de parada durante as patrulhas e disparado contra os policiais, que responderam ao fogo.

A família do jovem, por sua vez, refuta as alegações feitas pela polícia, sustentando que ele era inocente. Além disso, levantou questionamentos sobre a atuação dos policiais envolvidos. As investigações serão lideradas e supervisionadas pelos delegados Sidney Tenório (diretor da Polícia Judiciária 1), Alexandre Leite (diretor da Polícia Judiciária 3) e João Paulo Tenório (coordenador da delegacia da 5ª Região).

Nesta quarta-feira (7), à tarde, a Polícia Civil fará um pronunciamento à mídia para fornecer informações adicionais sobre o inquérito.

AGENTES REMOVIDOS

O coronel Paulo Amorim, comandante geral da Polícia Militar de Alagoas, comunicou que os policiais que participaram da operação foram removidos das atividades de rua e designados para funções administrativas até que as investigações sejam finalizadas.

“Essa é uma ação padrão para ocorrências desse tipo, implementada para assegurarmos a transparência e a neutralidade nas investigações. Manifestamos nossa solidariedade à família enlutada e reiteramos nosso compromisso de realizar a apuração com rigor e responsabilidade.”.

O coronel afirmou que a Polícia Militar está comprometida em investigar todo e qualquer possível abuso. O pai de Gabriel, Cícero Bezerra, expressou sua gratidão pelo apoio recebido e reforçou a solicitação por uma investigação imparcial. “Tenho plena confiança na Polícia Militar. Meu único desejo é que a apuração ocorra de maneira imparcial e que a verdade venha à tona. É isso que desejamos”.

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