Saneamento em Palmeira: População indignada e poder público inerte à situação

É inegável que o acesso ao saneamento básico, à água potável e ao tratamento adequado de esgoto e resíduos sólidos são elementos fundamentais para garantir saúde e qualidade de vida à população. No entanto, a forma como essas obras são conduzidas pode transformar um direito básico em um verdadeiro transtorno.

Em Palmeira dos Índios, a atuação da empresa Conasa Águas do Sertão tem sido alvo de frequentes denúncias e críticas por parte da população, refletindo um cenário preocupante de desorganização, falta de planejamento e descaso com os moradores. Obras inacabadas, ruas destruídas e a ausência de uma recomposição imediata do que foi quebrado geram não apenas desconforto, mas também insegurança e indignação.

O caso do bairro Vila Maria é um exemplo disso: Moradores relatam uma rotina de descaso por parte da concessionária. A intervenção no bairro parece seguir um roteiro de filme de terror e de irresponsabilidade. Será que não seria mecessário ouvir a opinião da sociedade antes mesmo do início das obras? Ou tudo isso evidencia uma postura autoritária e desrespeitosa? Afinal, em sociedades democráticas e desenvolvidas não se espera apenas que obras públicas sejam eficientes, mas também transparentes e participativas.

Por que a população não foi ouvida? Por que os critérios mínimos de planejamento urbano, que visam minimizar os impactos à rotina dos cidadãos, não são respeitados? A passividade do poder público diante dessa situação agrava o problema, já que a sua função deveria ser justamente a de fiscalizar e proteger os interesses coletivos.

Portanto, a busca por infraestrutura digna não pode ser justificativa para ações desordenadas e prejudiciais. A melhoria urbana precisa caminhar lado à lado com o respeito aos moradores e à cidade.

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