CSE: Quando o amor ao Clube dá lugar à luta pelo poder
A atual situação do tricolor palmeirense, o nosso CSE, envereda por um dos momentos mais vergonhosos de sua história. O que antes era palco de paixão pelo futebol hoje se tornou ringue de disputas políticas mesquinhas e jogos de interesses internos. No centro do embate, estão o presidente José Barbosa e o presidente do Conselho Deliberativo, o ex-jogador Ibson Melo. O conflito entre os dois, ao que tudo indica, não gira em torno do amor ao clube, mas sim da sede por controle e influência.
A crise ganhou contornos ainda mais graves com a intervenção da Prefeitura de Palmeira dos Índios, que decidiu suspender o repasse financeiro ao clube. Uma medida extrema, porém compreensível: por que investir dinheiro público em uma instituição que parece mais preocupada em alimentar egos do que em gerir um time de futebol?
Enquanto os caciques da diretoria brigam nos bastidores, o maior prejudicado é o torcedor. Ese, sim, movido pela paixão verdadeira ao time,e os atletas, que continuam tentando honrar a camisa tricolor em meio ao caos administrativo. A pergunta que ecoa nas arquibancadas e bastidores é simples: o que há de tão valioso na diretoria do CSE para justificar tamanha guerra de bastidores?
É inevitável lembrar de nomes como Dr. Pedro Paulo Duarte e o saudoso Hamilton Didier, que sacrificaram tempo, dinheiro e paz pessoal em nome do clube. Nunca houve tamanha disputa para presidir o CSE, e a diferença está clara: ontem, a paixão era pelo futebol e hoje, parece ser pelo poder e pelas cifras envolvidas.
Amor ao clube ou amor aos próprios interesses? O torcedor sabe a resposta. Resta saber se alguém da atual diretoria está disposto a ouvi-la. Será? Estamos de olho!