Mortes de LGBTI+: casos em AL ficaram acima da média nacional
Alagoas registrou, no ano passado, 2,56 mortes de pessoas LGBTI+ por milhão de habitante, segundo dados do Observatório de Mortes e Violências. O número é superior à média nacional, que foi de 1,13. Em 2023, foram oito ocorrências desse tipo de violência no estado. A capital alagoana registrou cinco casos, enquanto os demais foram concentrados em outros municípios.
Em todo o Brasil, pelo menos 230 pessoas LGBTs foram vítimas de violência em 2023 – uma média de um óbito a cada 38 horas. No Nordeste, os estados do Ceará (24), Bahia (16) e Pernambuco (10) apresentam os maiores índices.
Em 2020, o observatório registrou um total de 237 mortes LGBTI+; em 2021, foram 316; em 2022, foram 273 casos, e em 2023, foram 230 mortes associadas à LGBTIfobia. A pesquisa nacional de 2023 identificou diversos tipos de violência contra LGBTs, incluindo esfaqueamento, apedrejamento, asfixia, esquartejamento, negativas de fornecimento de serviços e tentativas de homicídio. A maioria das mortes foi provocada por terceiros: 184 homicídios, representando 80% do total, 18 suicídios, correspondendo a 7,83% dos casos, e outras 28 mortes, totalizando 12,17% dos casos.
Das vítimas, 142 eram mulheres trans ou travestis, 59 eram gays, 13 eram homens trans, sete eram lésbicas e uma pessoa se identificava como não binária. Houve ainda oito ocorrências em que a identidade de gênero ou orientação sexual não foi descrita.
Entre os estados com o maior número de vítimas, São Paulo lidera o levantamento, com 27 mortes, seguido por Ceará e Rio de Janeiro, ambos com 24 mortes em cada estado.
Quando consideramos o número de vítimas por milhão de habitantes, Mato Grosso do Sul apresenta o maior índice, com 3,26 mortes por milhão, seguido por Ceará, com 2,73 mortes por milhão, e Alagoas, com 2,56 mortes por milhão.