Políticos aproveitam carnaval para promoção pessoal com dinheiro público

Vitrine para quem disputará as eleições, o carnaval traz todos os anos um desfile de irregularidades.

Tem o bloco das licitações fraudulentas na contratação de shows, o do desvio de verba pública para promoção de festas e até o da campanha antecipada de potenciais candidatos.

A folia com o dinheiro do contribuinte motivou o Ministério Público Federal a abrir pelo menos 198 investigações contra prefeituras, governos estaduais e/ou agentes políticos.

Eventos com forte apelo feminino e nítido caráter eleitoreiro, especialmente pelas cores e dizeres utilizados, os quais, inclusive, coincidem com aqueles utilizados por candidatas em sua pré-campanha, sinalizando evidente uso da máquina eleitoral.

Outros casos comuns na folia irregular são os de repasses de verbas públicas para entidades privadas produzirem bailes de carnaval, sem que a contratada comprove ter estrutura para promover o evento.

Carnaval e política se misturam 

A prefeitura de Maceió não teve medo de desfilar seu compromisso com a ostentação, trafegando no meio-termo ideológico que alcançaria corações e neutralizaria críticas e sentimentos de frustrações, porque o caldo da politicalha intoxica a narrativa, e no resumo, o metal que não é tão vil e nem mesmo chega a tilintar, porque as transferências bancárias são onlines – define o enredo e fortalece o poder.

Na terrinha, a liga de blocos independentes sentiu o peso da mão burguesa da gestão, ferindo memórias com desprezo e omissão, transformando o Sururu da Lama, bloco tradicional, em foco de resistência do maceioense que não recebe cobertura midiática.

Para Maceió o palanque das ilusões, sem confete nem serpentina, porque o carnaval de rua é antigo alvo do poder burguês que se perpetua.

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