O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Moisés, explica que, com a diminuição das chuvas, os níveis dos rios e das lagoas baixaram, permitindo que muitas pessoas voltassem às suas residências. Segundo o mais recente relatório, Alagoas tem 15.581 pessoas desabrigadas e 46.747 desalojadas.
A situação ainda é de alerta, já que o inverno vai até setembro e o estado fica na quadra chuvosa até 15 de agosto. A quadra chuvosa é um período de quatro meses com maiores volumes de chuvas.
“Ainda estamos no inverno. Ainda irá chover como no sábado passado, que choveu o dia inteiro. Estamos torcendo que essa chuva caia no oceano e chegue com menor intensidade à capital. [Os locais mais críticos no estado são] Vales do Paraíba e do Mundaú, a capital, devido a suas encostas, suas grotas, porque o solo ainda está encharcado. Continuaremos emitido alertas”, explicou o coronel Moisés.
Os técnicos da Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) monitoram os volumes de chuvas e as bacias hidrográficas com históricos de inundação.
Ao todo, 57 municípios estão em situação de emergência. À medida que o governo federal reconhece a situação dessas cidades, são liberadas verbas para ajuda humanitária e reconstrução.
Cajueiro, Maceió e São José da Laje têm os maiores números de desabrigados e desalojados.
Em Cajueiro, ainda há 5.098 pessoas fora de casa. Em Maceió, são 4.719 afetados, sendo mais de 3 mil ainda em abrigos. São José da Laje tem 3.883 moradores fora de suas residências.
Em Rio Largo, município que já teve a situação mais crítica no estado, com mais de 6 mil pessoas fora de casa, muitas pessoas já retornaram, fazendo o número de afetados diminuir para 2.150.