Motorista por aplicativo baleada em Maceió recebe alta da UTI

A motorista por aplicativo Alayne da Silva Oliveira, que foi baleada na cabeça em uma tentativa de latrocínio, recebeu alta médica da UTI do Hospital Geral do Estado (HGE) nesta terça-feira (28) e foi encaminhada para a enfermaria para continuar a recuperação.

Alayne Oliveira, de 28 anos, é motorista cadastrada em um aplicativo de viagens que transporta apenas mulheres. No momento do crime, na noite de 19 de junho, ela realizava uma viagem para uma passageira, quando foi abordada por três homens.

Após ter sido encontrada pela polícia e por colegas de profissão, Alayne chegou ao HGE às 8h53 do dia 20 de junho, em estado grave. Ela foi submetida a uma cirurgia na cabeça para retirada de fragmentos da bala.

“A cirurgia foi um sucesso! Logo após já demonstrou reação. O prognóstico dado pela neurocirurgiã Jeane Ricardo foi muito positivo. Isso nos animou! Nos agarramos na esperança de salvar a vida dela. Vários profissionais se envolveram no caso, sensibilizados pela história de superação. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cada resultado de intervenção foi celebrado pela equipe. Ela é muito forte! Teve uma boa evolução no tratamento. Demonstrou muita vontade de viver”, afirmou o gerente do HGE, o médico Paulo Teixeira.

De acordo com o boletim médico, a paciente está consciente, orientada e se lembra do crime. Após receber alta da UTI, ela foi levada para enfermeria na Área Verde. Mesmo com recuperação classificada como “excelente”, os especialistas acreditam que ela precisa concluir medicações, se submeter a mais exames e ser observada pela equipe multidisciplinar.

Já enfermaria do HGE, após ter saído da UTI, a motorista contou que fingiu que estava morta para sobreviver.

“Amanheci o dia literalmente lutando contra a morte, tentando estancar o sangue que escorria de minha cabeça. Só no outro dia fui encontrada pelos policiais e amigos, que me conduziram até a UPA . A partir daí não lembro de mais nada! Quando acordei já estava no HGE, um tanto confusa, achando que ainda estava na UPA”, afirmou.

“Mas não quero deixar de trabalhar como motorista por aplicativo. Há dez anos trabalhei como garçonete e supervisora em restaurantes, até decidir pedir demissão para trabalhar desse jeito, fazendo os meus próprios horários e metas. Gosto de rodar, atender os clientes; talvez inspirada no meu pai e irmãos, motoristas de ônibus, e no meu namorado, que também dirige veículo de aplicativo. É assim que corremos atrás do melhor para a nossa família e vamos vencendo na vida”, disse Alayne.

Motorista por aplicativo Alayne Oliveira, baleada na cabeça em tentativa de latrocínio em Maceió, e o gerente do HGE,  médico Paulo Teixeira. — Foto: Ascom HGE

Motorista por aplicativo Alayne Oliveira, baleada na cabeça em tentativa de latrocínio em Maceió, e o gerente do HGE, médico Paulo Teixeira. — Foto: Ascom HGE

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