Suspeito afirma que Dom Phillips e Bruno Pereira foram executados

A chuva que atinge a cidade de Palmeira dos Índios nos últimos dias, tem provocado alagamento e causou uma morte por deslizamento de terra na semana passada, várias ruas da zona rural e urbana ficaram alagadas nesta quarta-feira (15).

A prefeitura vem lamentando os transtornos causados aos moradores pelas chuvas dos últimos dias e disse que “a Secretaria Municipal de Defesa Civil e Infraestrutura, trabalham para normalizar o funcionamento do sistema de drenagem dos locais afetados“.

O temporal também provocou transtornos em outras regiões da cidade.

Fontes da Polícia Federal revelaram ao Metrópoles que Pelado teria confessado “parte” do crime. Segundo o relato de um dos integrantes da PF ao Metrópoles, o suspeito teria dito que sabe quem executou o jornalista e o indigenista, mas que não participou diretamente dos homicídios. Teria, contudo, ajudado a queimar e a enterrar os corpos. Ele levou investigadores ao local onde estariam os corpos das vítimas na tarde desta quarta-feira (15/6). Até a publicação desta reportagem, o relato de Pelado não havia sido confirmado oficialmente.

Pelado é irmão de Oseney da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como Dos Santos. Eles foram presos sob a suspeita de participarem do crime.

Oseney vai ser interrogado e encaminhado para uma audiência de custódia na Justiça de Atalaia do Norte, segundo informações da Polícia Federal.

As buscas pelo jornalista e pelo indigenista completaram 11 dias nesta quarta-feira (15/6). A Polícia Federal concentrou os esforços nos últimos dias em áreas próximas ao Rio Itaquaí, onde objetos pessoais dos desaparecidos foram encontrados.

Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira se deslocavam com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.

De acordo com relatos, o desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

As vítimas

Bruno é considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

No órgão desde 2010, ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Em 2019, após combater mineração ilegal em terras indígenas, Bruno foi dispensado do cargo de chefia.

A exoneração do servidor ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista está licenciado da Funai e atualmente faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Bruno é alvo constante de ameaças, devido ao trabalho desempenhado junto aos indígenas, contra invasores.

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