“[A tia] contatou sua irmã, genitora da vítima, que respondeu que já sabia dos fatos e chegou a indagar ao réu, oportunidade em que ele teria admitido os atos libidinosos. Mas a mãe resolveu perdoar o acusado, ‘por ser testemunha de Jeová’”, narra o acórdão judicial.
A tia afirmou ainda que a irmã teria um “amor doentio pelo réu, com elevada dependência emocional”, e que poderia estar fechando os olhos aos fatos para não ter que se separar do marido.
Foi a tia que teria ajudado a menina a procurar uma delegacia e denunciar o pai.
A vítima morava junto com o pai em Mogi Guaçu e teria sido abusada sexualmente pela primeira vez quando tinha apenas 6 anos.
Segundo a garota, o pai a acariciava de forma estranha, manipulava os órgãos genitais e a lambia, até mesmo de madrugada. Geralmente os abusos ocorriam quando os dois ficavam sozinhos na casa.
A menina relatou que após os crimes passou a ter depressão e crise do pânico, além de ter dificuldade em se relacionar com homens e frequentar locais públicos.
Em seu depoimento, a mãe da vítima afirmou que nunca soube de nada. A mulher alegou também que o homem “sempre tratou bem os filhos, sendo carinhoso com todos ao seu redor, e nunca apresentando comportamentos suspeitos”.
Procurado, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) não respondeu se a mãe da criança é investiga por omissão, uma vez que o caso está em sigilo.