Júlio Cezar deve ter juíza aposentada e ex-primeira-dama como concorrentes; Confira entrevista na íntegra

Além do atual prefeito Júlio Cesar (PSB), buscando recondução ao cargo, a eleição municipal 2021 deve ter duas mulheres pleiteando vaga de gestora da cidade: a juíza de Direito aposentada Sônia Bentrão, 75, (Patriotas), e a enfermeira e mulher do ex-prefeito do próprio município Helenildo Ribeiro, Masobelle Ribeiro (MDB). Como profissional de saúde, a enfermeira foi diagnosticada, há pouco tempo, com Covid-19 por conta da profissão. Para ela, a pandemias de Coronavirus escancarou diversos problemas que a cidade de Palmeira dos Índios possui.

“O atual momento de Palmeira é de desalento. O problema de Covid-19 trouxe a realidade que a população se encontra, bem diferente do que a atual gestão apresenta em sua propaganda oficial. Desemprego, fone, caos na saúde e a educação perdendo o protagonismo. Palmeira tem vivido, nos últimos três anos, na inércia”, destacou ao Estadão a Mosabelle Ribeiro, que também é professora universitária e especialista em Enfermagem do Trabalho.

Já o prefeito Júlio Cezar disse, ao Estadão Alagoas, que espera que a eleição de 15 de novembro ocorra com apresentação de ideias.
“O pleito municipal desse ano naturalmente vai apresentar quem quer governar Palmeira dos Índios e quem já governa, no caso eu, e que vou mostrar tudo que fiz pela cidade nesses quatro anos à frente dos destinos da cidade. Espero que o debate durante a campanha seja de ideia, de proposição para melhores dias em nosso querido município, e que cada candidato revele o que pensa para que isso possa acontecer”, destacou o prefeito, alfinetando adversários, por sem dar nomes a eles.
“Sou um filho de uma feirante e de um agricultor e minha chegada ao cargo de prefeito de Palmeira dos Índios é uma prova de que não é preciso ter ‘sangue azul’ ou ser ligado a poderosos para trabalhar”, disse o gestor.

Natural de Piaçabuçu, a juíza da 20 Vara da cidade até 2014, quando se aposentou, disse ao Estadão que sua carreira como magistrada foi pautada pelo contato olho no olho com a população que precisava da Justiça. É essa característica que ela pretende levar à prefeitura de Palmeira caso seja eleita em novembro.
“Nunca fui filiada a partido, mas cansei de ouvir muita gente reclamando da política, mas sem se comprometer em fazer algo pela vida das pessoas. De gente, de povo, eu entendo e sei lidar porque fui até mal visita no Judiciário porque meu gabinete não era uma sala fechada, mas um espaço onde eu recebia a todos, sem distinção, para ajudar; penso que fechar uma porta para atender seja lá quem for é uma forma de dar brecha a coisas erradas”, afirmou Sônia Beltrão. Ela acredita que a única saída para a cidade é o investimento em educação, e afirmou que o último prefeito que fez algo por Palmeira foi o escritor Graciliano Ramos, na década de 20.
“Palmeira está sangrando. Hoje o interesse dos gestores é encher as repartições de pessoas que acabam se transformando voto. Investir em educação, valorizar os professores são caminhos para que essa realidade seja mudada”,.concluiu Sônia Beltrão.

Ao fim da entrevista com Estadão Alagoas, a enfermeira Mosabelle Ribeiro apontou caminhos para que ela acredita ser uma.forma de a cidade agrestina melhorar o desenvolvimento.”Primeiro é fundamental que um gestor fale sempre a verdade, porque isso gera confiança e garante atração de investimentos; em segundo lugar, não se faz nada, muito menos governar uma cidade como Palmeira dos Índios, sem planejar”, disse a pré-candidata.