Taxa de analfabetismo em Alagoas é a maior do Brasil, revela pesquisa do IBGE

A taxa de analfabetismo em Alagoas ainda é a maior do País, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Educação 2016-2018, divulgada nesta quarta-feira (19).

Em 2016, o percentual de analfabetos (que não sabem ler nem escrever o próprio nome) com idade superior a 15 anos era de 19,4%. Um ano depois, a taxa caiu para 18,3% e, no ano passado, estava em 17,2%. Já no recorte da população com 60 anos ou mais a redução é bem significativa. Passou de 46,1%, há três anos, para 41,1% de analfabetos, em 2018.

O levantamento também mostrou queda na taxa de analfabetismo na população branca com 15 anos ou mais em Alagoas. O percentual era de 15,2%, em 2017, e caiu para 12,5%, no ano passado. Entre o público idoso, houve estabilidade no índice (estava em 31,8%, em 2018).

Para as raças pretas e pardas, a pesquisa mostra diminuição no quantitativo de analfabetos. No estado, o indicativo era de 19,1%, em 2017, e caiu para 18,7%, no ano passado, entre as pessoas com 15 anos ou mais. Para os que tinham mais de 60 anos, o percentual era de 44% de analfabetos, em 2018.

Uma situação também ficou clara. Aqui em Alagoas, a quantidade de homens analfabetos ainda é maior do que das mulheres. Eles representavam 18,5% e elas, 16,2%, no público mais jovem. Entre os mais velhos, o índice chega a 42,4% (homens) e 40,2% (mulheres). O estudo, no entanto, mostra queda no percentual de analfabetismo para ambos em comparação ao ano anterior.

Educação básica

Em Alagoas, só 33,7% das pessoas de 25 anos ou mais de idade concluíram ao menos a educação básica obrigatória. O percentual era o menor do Brasil no ano passado, embora este índice tenha melhorado em relação a 2017 (era 31,9%).

Anos de estudo

Também aumentou o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade no estado. Evoluiu, no ano passado, para 7,3 anos, sendo ainda o menor do País. A taxa de escolarização das crianças de 0 a 3 anos subiu da mesma forma: era 23,6%, em 2017, e passou dos 30%, no ano passado.

Trabalho e estudo

Aqui, a pesquisa revelou que houve aumento no percentual de jovens do sexo masculino, de 15 a 29 anos, que não trabalham nem estudam. O índice oscilou de 27,1% para 30,7% em um ano, sendo também o mais alto do Brasil. Entre as mulheres, a taxa é ainda maior e dispara em relação a outros estados (alcança 43,3% de desocupadas). Na comparação da população branca e parda/preta há registro de estabilidade. O percentual de jovens masculinos de 15 a 29 anos que só trabalham em Alagoas é o menor do País.

Nacional

No Brasil, em 2018, havia 11,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0.1 p.p., o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos entre os dois anos.

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