Servidores de Maceió devem ser recebidos pelo prefeito para negociar PL do corte de gastos

Servidores Municipais de Maceió foram recebidos para mais uma reunião na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (10), para debater o Projeto de Lei que pretende reduzir gastos da Prefeitura. No encontro, ficou acertado que a categoria será recebida pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB) para negociar os pontos do PL que, segundo os funcionários, retiram direitos conquistados.

A assessoria de comunicação da Câmara de Vereadores informou à reportagem do G1 que o presidente da Mesa Diretora da Casa, vereador Kelamann Vieira (PSDB), havia se reunido com o prefeito pela manhã para debater esse mesmo assunto.

Nessa reunião ficou definido que o chefe do Executivo receberia os servidores na sexta (12), às 16h, junto ao vereador Kelmann e o Secretário Municipal de Gestão, Reinaldo Braga.

Essa foi a informação passada aos manifestantes durante o encontro desta quarta, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maceió e Região Metropolitana (Sindispref), Sidney Lopes.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Maceió confirma que o prefeito irá receber os servidores para negociação, mas ainda vai definir em agenda quando e onde esse encontro será realizado.

Além do encontro com o prefeito, os vereadores reafirmaram aos servidores a suspensão da tramitação do Projeto de Lei enquanto durar a negociação junto ao Município. Segundo a assessoria da Câmara, o PL será pautado somente depois que os envolvidos chegarem a um acordo.

“A gente tem esperança de que vamos sentar para discutir, porque não foi discutido. Acho que o prefeito usou o bom senso, dizendo que vai receber as entidades para discutir. É mais um avanço, porque sempre tem que ter um diálogo. O mais importante é isso, que o canal de diálogo foi aberto”, afirma o presidente do sindicato dos servidores.

No PL, publicado no Diário Oficial do Município (DOM), o Executivo lista uma série de ações que serão tomadas, como redução na frota de veículos, nos cargos de comissão, horas extras, estagiários, entre outros. O objetivo é economizar R$ 12 milhões ao ano.

Os funcionários reclamam que, além de não terem sido ouvidos a respeito da proposta, também perderão uma série de direitos, já que o PL afeta o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

Em protesto, várias categorias do serviço público Municipal entraram em greve. Além disso, por duas vezes o plenário da Câmara foi invadido em um intervalo de 7 dias. Na mais recente, portas de vidro e outros objetos do local foram quebrados. Do lado de fora, houve confronto com a polícia, que usou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

G1

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