Arma utilizada na morte de Tony Pretinho não era de Baixinho Boiadeiro, diz advogada

A defesa de José Márcio Cavalcante, o Baixinho Boiadeiro, informou, nesta quarta-feira (14), que vai entrar com pedido de revogação imediata da prisão. A medida será adotada após serem apresentadas novas provas, adquiridas a partir de um laudo feito pelo Instituto de Criminalística (IC) na arma que teria sido utilizada na troca de tiros entre José Márcio Cavalcante, o Baixinho, e o filho do ex-prefeito de Batalha, José Emílio Dantas, no mês de novembro do ano de 2017.
Conforme a advogada, Mabylla Loriato, quando ocorreu a investigação no assassinato de Tony Pretinho, as autoridades policiais entraram em contato com o IC e questionaram se havia alguma arma 9 mm na cena da troca de tiros.
A advogada Mabylla Loriato, da família de José Márcio Cavalcante, o “Baixinho Boiadeiro”, contou que o resultado da perícia de balística “inocenta” seu cliente.
Loriato frisou que esteve presente no momento em que a arma de Baixinho Boiadero foi entregue à Polícia Civil e, logo após, encaminhada ao Instituto de Criminalística (IC) para que um confronto balístico apontasse se a arma usada por Baixinho era uma .45.
Segundo ela, a perícia comprovou que o tiro que vitimou Tony Pretinho não saiu da arma de Baixinho, uma 45mm. Já a arma usada no assassinato do vereador foi uma de calibre 9mm.
A advogada disse ainda que, atualmente, está aguardando o encaminhamento do laudo ao Ministério Público (MP), que deve se manifestar pedindo que a Justiça possa decidir. “Com essa nova prova, vamos conseguir deixar evidente que o Baixinho não teve nenhum envolvimento no assassinato do Tony Pretinho. Além disso, a testemunha ocular descreve as características de quem executou o Tony e são diferentes. Então, falta motivação, fundamentação e provas.”
Ela ressaltou que não há motivação para o crime, pois os dois envolvidos são compadres, mantinham uma amizade e faziam parte do mesmo grupo político no município. O Baixinho Boiadero é acusado de envolvimento na troca de tiros que deixou ferido José Emílio, em novembro de 2017 e também na morte de Tony Pretinho, vereador assassinado um mês depois, também em Batalha. Ele diz que, no primeiro caso, apenas se defendeu e, no segundo, garante inocência.