Superação: as cinco principais dificuldades do CSA na Série C

A torcida do CSA vive um período de festa com a conquista do título brasileiro da terceira divisão. Mas se o título inédito para o futebol alagoano deixou o torcedor azulino em êxtase, no caminho até a final, o Azulão passou por algumas dificuldades até colocar a mão na taça. O GloboEsporte.com/al destacou as cinco principais dificuldades que a equipe teve de superar durante a competição nacional.
Seca de títulos
Antes da conquista da Série C, o CSA não lavantava uma taça de primeira grandeza desde 2008, quando foi campeão alagoano. A equipe vinha de três vice-campeonatos consecutivos, sendo duas derrotas para o rival CRB nas finais do estadual de 2016 e 2017, além do vice-campeonato da Série D, contra o Volta Redonda. Além disso, o CSA tinha quatro vice campeonatos nacionais e não queria acumular o quinto consecutivo. Após atingir o objetivo inicial, que era o acesso, a equipe continuou jogando com intensidade e acabou conquistando o título inédito para o futebol alagoano.
Reformulação do elenco
Após a derrota na final do campeonato estadual, o Azulão acabou optando por uma grande reformulação no seu elenco. A equipe terminou a série C com apenas sete jogadores do elenco que disputou o campeonato alagoano. Faltando uma semana para o início do Campeonato Brasileiro, a comissão técnica também havia sido trocada e aos poucos, o time foi mudando de cara, tanto na forma de jogar quanto nos nomes que foram sendo inseridos no time principal. Apenas o goleiro Mota e o volante Dawhan permaneceram como titulares absolutos durante o ano de 2017.
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Decepção gringa
Um dos principais problemas do CSA no primeiro semestre havia sido na posição de centroavante. Para a Série C, a equipe trouxe dois nomes para o setor: a aposta Michel Douglas e o equatoriano Daniel Angulo, com passagens por grandes clubes da América do Sul e até pela seleção do Equador. Entretanto, o gringo acabou decepcionando na sua passagem, pouco atuou e acabou saindo do Azulão antes do final da campanha do título da Série C, com apenas um gol marcado em sete partidas. Já Michel, que chegou como aposta, acabou sendo o artilheiro do CSA na competição com oito gols e foi decisivo para o título, marcando em todas as fases do mata-mata da Série C.
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Brigas internas
Campeão da Série C em 2016, o técnico Ney da Matta chegou ao CSA sob muita expectativa da torcida e com a missão de remodelar uma equipe que estava se formando durante a competição. Entretanto, aos poucos, a relação entre ele e os jogadores foi se desgastando durante a competição. O meia Thiago Potiguar, após ser dispensado da equipe, criticou Ney na imprensa, sendo rebatido pela diretoria azulina. Antes do final da primeira fase, o meia Rosinei e o técnico se desentenderam durante um treinamento, chegando a trocar socos. O incidente fez com que a diretoria do CSA optasse pela troca da comissão técnica às vésperas do mata-mata decisivo da Série C. Os jogadores convocaram uma coletiva para demonstrar a união do grupo e darem a sua versão sobre a saída do treinador. Flávio Araújo, então, foi contratado e assumiu a equipe na reta final da competição, levando o CSA ao título primeiro título nacional da sua história.
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Defesa reserva na final
Após conquistar a vaga para o final superando o São Bento nos pênaltis, o CSA viveu seu último grande desafio na competição. A equipe teria de encarar o Fortaleza, num Castelão lotado por quase 50 mil pessoas, atuando com a sua defesa praticamente reserva. Jorge Fellipe, lesionado, além dos laterais Raúl Diogo e Celsinho, além do zagueiro Rodrigo Lobão, estavam suspensos. Cristiano, que até um ano atrás estava afastado do futebol trabalhando em uma usina, formou a dupla de zaga com Leandro Souza, que alternou momentos de titular e reserva na competição. Rafinha e Dick atuaram nas laterais. O CSA acabou fazendo um grande jogo, suportou a pressão da partida e venceu o Fortaleza por 2×1.
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Fonte Globo Esporte