PMAL forma 13 novos ‘caveiras’ do II COEsp após 119 dias de muita garra e dedicação

“Essa caveira vale muito mais que ouro, ô ela vale muito mais que um tesouro. Se Deus quiser um dia rico eu vou ser, hei de ter essa caveira nem que eu tenha que morrer”, o trecho de uma das canções militares do Corpo de Fuzileiros Navais, foi utilizado pelo orador, capitão Raumário Jerônimo, para traduzir a aspiração e dedicação com que os 13 novos formandos do II Curso de Operações Especiais (COEsp) enfrentaram os quatro meses de instruções e aprendizado.

O curso, concluído na tarde desta sexta-feira (20) no Batalhão de Operações Policiais Especiais de Alagoas (BOPE/PMAL), teve início em junho com 42 policiais militares dos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Sergipe, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins, como também três policiais rodoviários federais.

Durante os quatro meses, os “caveiras”, como ficam conhecido os alunos após a formatura, passaram por instruções de ações táticas, tiro policial, ações com reféns, patrulhamento rural e urbano de alto risco, ações em ambientes verticais, hostis, helitransportadas, contra terrorismo, operações aquáticas, montanhismo, paraquedismo para ações de comando, rebeliões em estabelecimentos prisionais, tiro mediante estresse, além de atuar em ações com artefatos explosivos.

O soldado da PMAL, Douglas Viana, destaca que é impossível traduzir em palavras tudo o que vivenciaram, o aprendizado adquirido. “É difícil um frequentador do curso, em algum momento, não pensar em desistir, por isso o apoio moral dos irmãos de farda é salutar, o companheirismo nos fortalece e nos impulsiona a prosseguir”, disse. Desistências estas que se contabilizaram em 29 ao longo de todo o COEsp.

De acordo com o capitão Hibson Pereira, coordenador do COEsp, as atividades das Operações Especiais se resumem na palavra ‘sacerdócio’, pois os policiais militares deste quadro vivem, respiram e amam o que fazem. Utilizando-se da frase: “quem sou eu sem meus irmãos” ele esclarece o sentimento de irmandade dos formandos que superaram as dificuldades e os obstáculos, que foram muitos.

“Tudo é difícil. É o cansaço físico, o psicológico, ficar afastado da família e do mundo. Além disso, têm as missões, as instruções, todas elas exigiram um bom condicionamento físico, paciência, dedicação, coragem e muita determinação dos discentes. Os que aqui concluíram são vitoriosos e merecem hoje esse brevê, explicou o coordenador do II COEsp.

De forma especial, os três primeiros colocados da turma receberam uma homenagem. Com a terceira colocação e média de 8,72, ficou o soldado Ismair Santiago, da PMAL. Com segundo lugar e média de 8,86, ficou o aspirante-a-oficial da Polícia Militar do Amazonas, Anderson Molaz.

O primeiro colocado, com média de 8,87, ficou com o capitão Raumário Jerônimo, da PMAL, recebeu o certificado de conclusão das mãos do comandante-geral da instituição, coronel Marcos Sampaio. O oficial superior reforçou a importância desta capacitação para a segurança pública de cada Estado onde cada caveira irá atuar, pois eles são referências para suas tropas.

“Os senhores estão de parabéns por conseguirem almejar este brevê num curso que muitos querem concluir e poucos conseguem, bem como sabem das responsabilidades que assumem após esta etapa”, afirmou Marcos Sampaio, agradecendo ainda a todos os instrutores que participaram da formação destes guerreiros. Houve ainda a entrega de certificados a todos os policiais militares de Alagoas, da ativa e reserva, detentores do curso de caveira.

“Levo a experiência que o curso nos proporcionou, tanto teórica como prática, para a minha vida profissional e pessoal. Afinal, a disciplina e os valores agregados com os companheiros e com os instrutores são coisas que não tem preço”, enalteceu o major Cleber Ferreira, da PM do Ceará, quarto colocado da II edição do COEsp em Alagoas.

De acordo com o tenente-coronel Lima Neto, a experiência já vem com responsabilidades. “Os novos caveiras serão realmente especiais quando aplicarem na prática os conhecimentos adquiridos em prol da sociedade e no apoio das missões diárias a que forem designados, disse.

Após o encerramento da solenidade, marcado pela oração do caveira e pelo clima confraternização entre os novos e antigos caveiras, foi realizada o descerramento da placa da turma.

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