Clima deve esquentar na Câmara de Palmeira dos Índios

A disputa entre os dois grupos de Palmeira dos Índios, formados na Câmara de vereadores deve ser acirrada na sessão desta quarta-feira (13).

Entre os pontos de pauta, está o Projeto de Lei do vereador Toninho Garrote (PP), que propõe a redução dos salários dos vereadores dos atuais R$ 4.600 líquidos para um salário mínimo.

A finalidade evidente é travar mais uma disputa com os 10 vereadores que formaram um grupo liderado pelo vereador Agenor Leôncio (PSB). O grupo dos cinco vereadores composto por Júnior Miranda (PSL), Ana Adelaide França (PMDB), Fabiano Gomes (PSC), Toninho Garrote (PP) e Dindor (PRTB), tem a certeza de que o Projeto de Lei não passará, o que provocará a revolta popular.

A medida tomada por Toninho Garrote vem sendo tachada de demagógica e eleitoreira. O intuito será colocar a população contra os vereadores que compõem o grupo dos 10.

A “guerra” travada entre os dois grupos de vereadores já teve várias consequências e revelou que o grupo dos cinco vereadores, patrocinados pelo prefeito Júlio Cezar, não medirão esforços para se manter no poder, por meio da Mesa Diretora.

O presidente da Mesa Diretora e o primeiro secretário estão na iminência de perderem seus cargos. Semana passada, os 15 vereadores foram convocados para comparecer no Fórum da Comarca para uma tentativa de conciliação a ser mediada pelo juiz, José Miranda, que extinguiu as comissões processantes, até que documentos solicitados sejam entregues à justiça. No entanto, o processo dará andamento.

O processo de afastamento dos dois membros da Mesa Diretora, gerou ameaças e perseguições políticas contra vereadores que integram o grupo dos 10.

O parlamentar deve ter de preferência única, como atividade, a Câmara. São 15 vereadores no município para fiscalizar as ações do Executivo. Palmeira dos Índios necessita 100% de pessoas comprometidas com a vereança, o que na maioria das vezes não tem sido visto.

Os vereadores minoritários, só não mostraram ainda sua função primordial, representar os interesses da população perante o poder público. Vereador não pode ser “assecla” de prefeito, do contrário, já se sabe o verdadeiro intuito de tamanha aproximação.

Pode-se dizer que a atividade mais importante do dia a dia de um vereador é legislar e fiscalizar, no entanto, alguns vereadores vêm legislando somente em causa própria, para galgar seus interesses, como emprego, gratificações avantajadas, contrato de caminhões de lixo, secretarias, participação em licitações por meio de empresas de terceiros e tantas outras artimanhas.

Muito ainda se espera dos vereadores que integram a minoria, que já mostraram a que estão dispostos.