Jaciara morreu vítima de golpe de arma branca, afirma perícia
O Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima concluiu, na manhã desta segunda-feira (3), o exame cadavérico realizado no corpo da jovem Maria Jaciara Ferreira dos Santos. Os exames indicam que a vítima foi morta por esgorjamento provocado por ação de instrumento corto-contundente.
De acordo com o perito médico-legista Felipe Porciúncula, responsável pelo exame de necropsia, o corpo da vítima apresentava ferimentos letais na região do pescoço e outras lesões secundárias na cabeça e ombro direito, provocado pelo mesmo tipo de instrumento. A necropsia não constatou marcas de projeteis de arma de fogo.
O exame ainda comprovou que a jovem não foi queimada, como também não teve seus braços quebrados. Os sinais apresentados no cadáver foram provocados pelo estado avançado de putrefação devido aos ferimentos fatais e à exposição do corpo às condições climáticas.
Outro detalhe do exame é que a vítima não apresentava sinais de abuso sexual. Mas o médico e sua equipe, formada por técnicos forenses, recolheram amostras de materiais genéticos no corpo de Jaciara, para comprovar se, de fato, ocorreu ou não crime sexual.
Como a vítima estava não identificável devido ao seu estado de putrefação, o IML solicitou ao Instituto de Identificação a realização do exame de necropapiloscopia, confronto das digitais do cadáver com a ficha de identificação civil. O resultado positivo saiu no inicio desta tarde, sendo a família informada oficialmente para realizar a liberação do corpo para sepultamento.
Comoção
O laudo contendo todos os detalhes do exame cadavérico deverá ficar pronto no prazo de 10 dias e será encaminhado para a comissão de delegados criada para investigar o caso.
O corpo de Maria Jaciara Ferreira dos Santos, 30, foi liberado nesta tarde, após exame no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. A jovem foi velada numa breve cerimônia, em sua casa, situada à Rua da Lama, em Coruripe onde o corpo foi levado – em cortejo – até o cemitério próximo ao terminal rodoviário de Coruripe às 17h.
Bastante abalados com a morte de Jaciara, a família pede que se faça justiça, em virtude dos requintes de crueldade com a qual a jovem foi assassinada – uma comissão composta por três delegados já investiga o caso.