Júri absolve policiais militares acusados de envolvimento em chacina

4a2320a006255a1b2e36e1b069c1fffbO 3º Tribunal do Júri de Maceió realizado nesta quarta-feira (21) absolveu os quatro acusados de uma chacina em 2002, em União dos Palmares. Durante a manhã, foram ouvidas 7 testemunhas e iniciados os interrogatórios dos réus.

A alegação para a absolvição dos policiais militares José Valdir Gomes Ferreira, José Paulo Barros de Araújo, Nilton Nascimento Correia e Marcos Mota dos Santos, foi falta de provas. Os réus estavam sendo apontados como integrantes de um grupo de extermínio denominado de “ninjas”, conforme denúncia do Ministério Público de Alagoas.

O juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital, presidiu a sessão.  O Ministério Público tem cinco dias para recorrer da sentença, porém não informou se assim o fará.

Entenda o caso:

Na versão da acusação, o filho do cabo José Valdir teria sido agredido por um dos jovens assassinados, durante um “showmício” que ocorria na cidade naquela noite, e esse seria o motivo do crime. A chacina ocorreu próximo à ponte sobre o rio Canabrava, no bairro Roberto Correia de Araújo, em um local conhecido como Vagem, por volta de 4h da madrugada do dia 5 de setembro de 2002.

As vítimas são os jovens Tiago Holanda da Silva, Cizenando Francisco da Silva, Sydronio José da Silva e Maurício da Silva.

Testemunhas indicadas pela defesa afirmaram que os policiais são pessoas trabalhadoras e de bom comportamento. Relataram que não têm conhecimento de comentários negativos sobre eles na cidade. A testemunha Denayse Godoy afirmou que viu o momento do crime e que ele foi cometido por apena duas pessoas, que não estavam fardadas como policiais.

O advogado Welton Roberto defende os quatro acusados. “A acusação, até hoje, não conseguiu demonstrar que os acusados estavam no local do crime, praticando o crime e com as armas que foram recolhidas (e indicadas como as armas do crime)”. A defesa sustenta que os réus estavam dormindo nas dependências da Polícia Militar no momento da chacina, e que a motivação dos assassinatos apontada pelo MP é “fantasiosa”.

 

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