De festa na USP a promoção de depilação, eventos pegam carona em protestos

Em São Paulo, estudantes da USP marcaram o evento “Breja sussinha – After das ruas”, numa praça da universidade. Segundo os organizadores, o evento “pós-ato” serve para “refrescar os lutadores”.

Na zona leste da cidade, corintianos das torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12 se organizaram para montar um cordão de segurança para “proteger” o estádio Arena Corinthians, conhecido como Itaquerão. Segundo os organizadores, 80 pessoas estarão por lá, garantindo a integridade do estádio recém-inaugurado durante uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto, marcada para ali perto.

Marcada para as 16h (uma hora antes do protesto principal), na Avenida Paulista, uma “aula pública” promete fazer com que o “dia signifique o ponta pé inicial do segundo tempo das mobilizações de rua que começaram em junho do ano passado”.

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Muita gente se surpreendeu com a série de protestos paralelos à grande manifestação marcada para o fim da tarde desta quinta-feira, em pelo menos 12 cidades-sede da Copa. Não foi o caso de quem presta atenção no Facebook.

De carona no “Ato 15M”, megaprotesto articulado pelo Comitê Popular da Copa 2014 em todo o país, uma série de eventos mencionando a #Copa2014 pipocaram na rede social. Os convites vão desde atos anarquistas contra a burguesia até promoções de depilação para quem quer “se preparar para a Copa”.

Ali perto, uma hora antes, o “Primeiro ato anarquista contra a Fifa e a Copa burguesa” pretende reunir mais de 300 pessoas para questionar a presença da federação internacional no país.

Segundo os criadores do evento, esta “não será uma manifestação reivindicatória, posto que a quantidade de problemas sociais não cabem em uma simples manifestação”.

Brasil afora

O fenômeno dos minieventos acontece em outras cidades, além de São Paulo.

É o caso do Instituto Ilmá Depilação, que aproveita as hashtags sobre a Copa para divulgar suas promoções –que incluem também brincos verde-amarelos e túnicas com a palavra “Brasil” bordada em pedraria.

Em Belo Horizonte, o movimento Tarifa Zero volta às ruas no fim da tarde com o ato “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar”.

“Não podemos ficar à mercê do judiciário”, diz a descrição do evento. “O transporte público é uma questão política, e não técnica ou jurídica.”

BBC Brasil

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