Menor apreendido confessa assassinato de cabeleireiro após desentendimento

1A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) confirmou a apreensão de um adolescente de 17 anos envolvido no assassinato do cabeleireiro Cícero Alvandir de Moraes, de 53 anos. O menor foi capturado durante uma operação das forças policiais nessa sexta-feira e teria confessado o crime. Ele seria o executor da vítima e disse que cometeu o homicídio após um desentendimento entre os dois.

Detalhes sobre a apreensão serão divulgados pelo secretário Paulo Domingos Lima Júnior e pelo delegado Fábio Costa, coordenador da Delegacia de Homicídios da capital, em entrevista coletiva agendada para a próxima segunda-feira. O suspeito foi levado para sede do Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no bairro de Mangabeiras.

Aos policiais que participaram da ocorrência, o menor confidenciou que agiu sozinho e estava na casa do cabeleireiro a convite dele mesmo. No relato, o adolescente disse que tomou duas garrafas de vinho com a vítima e dos dois ficaram juntos. No quarto, tiveram um desentendimento e o suspeito tirou o punhal que carregava na cintura e desferiu no pescoço de Alvanir.

O cabeleireiro ainda teria conseguido retirar a faca do pescoço e os dois teriam iniciado uma luta corporal, que foi iniciada no quarto e terminou na sala. Vários cômodos foram revirados. Alvandir ainda teria desferido três facadas no braço do suspeito. A prova é que ele está ferido. Em seguida, a vítima morreu na sala antes de ser socorrida.

O garoto ainda teria levado o notebook, o tablet e o celular da vítima, vendendo-os para trocar por uma motocicleta Shineray.

Cícero Alvandir de Moraes tinha 53 anos e foi encontrado morto na tarde do dia 20 de setembro, dentro da própria residência, onde também funcionava um salão de beleza, que fica em trecho da Rua Ceará, no bairro do Prado, em Maceió. O corpo dele estava em decomposição, com várias perfurações de faca e o imóvel completamente revirado, com marcas de sangue espalhadas pelos cômodos.

Policiais militares do 1º Batalhão foram chamados ao local por amigos da vítima que estiveram na casa em busca de informações.

O professor universitário Rogers Ayres, que é amigo do cabeleireiro, disse que estava chocado com o crime. Ele não soube informar o que poderia ter motivado a execução. Ainda conforme a testemunha, o cabeleireiro era homossexual assumido e não estava com relacionamento firmado. Ele disse suspeitar que se trata de um crime de homofobia cometido por alguém que foi convidado pela vítima até a residência.

 

*Com Gazeta Web

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