Chicão se defende e diz que não sabia que estava conversando com dirigente

(Crédito: Arquivo TNH1)

Por meio de carta, assinada pelo árbitro Francisco Carlos do Nascimento, enviada por ele à Federação Alagoana de Futebol, e divulgada pela entidade, Chicão se diz surpreso com a suspeita de envolvimento em manipulação de resultados do Campeonato Paraibano. Sobre os áudios que circulam nas redes sociais, ele afirma que não sabia que se tratava do presidente do Campinense, William Simões.

Confira os áudios polêmicos no blog do Marlon.

Segundo ele, ao tomar conhecimento do caso, procurou de imediato a Comissão Estadual de Arbitragem e o Presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), para mostrar a sua versão dos fatos.

“Tomei conhecimento das escutas e das denúncias através de aplicativos de comunicação, quando me passaram os áudios, bem como o link da referida matéria, que fiquei surpreso com tudo o que li nas transcrições das conversas entre os dirigentes, bem como tais suspeitas referentes a mim. Pois, não sabia que estava falando com o presidente do Campinense”, disse um trecho da carta.

Chicão relatou que um homem identificado como Danilo, que seria funcionário da Federação Paraibana de Futebol (FPF), teria passado o telefone para ele, visto que o mesmo antes de fazer a ligação, informou ao árbitro que estava sem receber um certo valor da FPF referente aos serviços que presta como massagista.

“Ele disse que só receberia o dinheiro da Federação caso disséssemos que o mesmo estava dando assistência a nossa equipe de arbitragem, porém como eu estava mais próximo dele naquele momento, perguntou se eu poderia ajuda-lo, informando apenas que o mesmo estava nos dando assistência, o que fiz. Eu pensei que havia falado realmente com algum integrante da Federação”, acrescentou no documento.

Sobre as investigações, Chicão salientou que está tranquilo e com a consciência limpa, e voltou a afirmar que jamais entraria em contato com dirigentes de clubes.

“Eu já trabalhei na Paraíba, arbitrei alguns jogos por lá, e nunca falei com nenhum dirigente de clube. Então eu achei que realmente estava falando com alguém da FPF. Alguém que estava avisando sobre o hotel e desejando um bom jogo. Eu jamais falaria com o presidente do Campinense, se soubesse que era ele ou qualquer outro presidente de qualquer outro clube. Eu estou com a consciência tranquila, sei da minha idoneidade moral, ética e profissional”, completou.

FAF se pronuncia sobre o caso

Na tarde desta terça-feira (15), o presidente da FAF, Felipe Feijó, lamentou a situação e afirmou que a versão já formalizada do árbitro alagoano será encaminhada para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“É muito triste para o futebol de maneira geral uma notícia dessa. Sempre quis acreditar que essas coisas não aconteciam no futebol. Infelizmente fomos pegos de surpresa. Agora é superar esse fato que nos toca um pouco, quanto ao nosso árbitro. Tomamos ciência via Whatsapp. Chamamos o árbitro para a Federação, saber a versão dele. Ouvimos ele. Ligamos para a comissão de arbitragem da CBF. Pedimos para o Francisco formalizar a versão dele para a gente encaminhar para a CBF e saber a decisão”, disse.

Feijó ainda destacou que aguarda que tudo seja esclarecido o mais breve possível. “Não vamos fazer pré-julgamento. Vamos esperar que tudo seja esclarecido”, finalizou.

 

João Victor Souza/TNH1

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