Três padres são afastados em Maceió e passam a responder processo canônico por suspeita de desvio de recursos


A Arquidiocese de Maceió afastou três sacerdotes que estão sendo investigados por suspeita de desvio de recursos ligados a atividades da própria Igreja. A decisão foi anunciada por meio de nota oficial assinada pelo chanceler da cúria arquidiocesana, cônego Valmir Galdino Paes da Silva.

Foram identificados no comunicado os cônegos João José de Santana Neto e Walfran Fonseca da Silva, além do padre Edvan Bernardino da Silva. Todos passam a responder a Processos Administrativos Penais, mecanismo previsto no Direito Canônico para apurar condutas que possam configurar infrações eclesiásticas.

Segundo a Arquidiocese, os procedimentos tramitam em sigilo, como determina a legislação interna da Igreja. A nota esclarece ainda que, após a conclusão da fase diocesana, os autos serão enviados à Santa Sé, cabendo ao Papa a decisão final sobre possíveis punições.

O documento não informa os valores envolvidos nem o período das supostas irregularidades. Entretanto, há antecedentes envolvendo ao menos um dos investigados: em maio de 2025, o padre Walfran Fonseca já havia sido acionado judicialmente pela própria Arquidiocese devido à falta de prestação de contas de mais de R$ 3 milhões em projetos sociais.

A Arquidiocese informou que o afastamento dos sacerdotes tem caráter preventivo e busca garantir a apuração “com rigor e transparência”, preservando o patrimônio da Igreja e a credibilidade institucional.

Até o momento, os padres citados não se pronunciaram publicamente sobre as investigações.

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