Gastos com iluminação Pública explodem na gestão Júlio Cezar: aumento supera 430% e Palmeira dos Índios já soma quase R$ 17,5 milhões pagos ao consórcio

Gastos com CIGIP em iluminação pública explodiram na gestão do ex-prefeito Júlio Cezar, Palmeira dos Índios desembolsa quase R$ 13 milhões entre 2021 e 2024, e mais R$ 4,5 milhões só em 2025
Os números oficiais das despesas com o Consórcio Intermunicipal de Gestão de Iluminação Pública (CIGIP) revelam uma escalada impressionante de gastos durante a gestão do ex-prefeito Júlio Cezar, colocando o consórcio como um dos contratos mais caros e mais questionáveis da administração municipal.
Entre 2021 e 2024, Palmeira dos Índios pagou R$ 12.856.392,58 ao CIGIP, uma cifra que cresceu de maneira acelerada ano após ano, sem transparência proporcional e sem resultados que justifiquem tamanho investimento.
E o ritmo não diminui, somente de janeiro a setembro de 2025, o município já desembolsou R$ 4.568.411,19. Somando tudo, os pagamentos ao consórcio ultrapassam R$ 17,4 milhões.
Ano a ano, o salto que não foi explicado à população
2021 – R$ 1.240.806,99
Pagamentos diretos ao CIGIP: R$ 1.028.046,44
Despesas de anos anteriores: R$ 212.760,55
2022 – R$ 41.993,50
Um ano atípico, com valor muito abaixo dos demais, sem explicação pública sobre a brusca redução.
2023 – R$ 4.882.519,22
Pagamentos ao CIGIP: R$ 4.491.854,40
Despesas de anos anteriores: R$ 390.664,82
O salto é enorme, de R$ 41 mil em
2022 para quase R$ 5 milhões em 2023. A gestão nunca detalhou as razões.
2024 – R$ 6.691.072,87
Maior valor da série histórica, consolidando o consórcio como um dos principais destinos do dinheiro público.
Total de 2021 a 2024: R$ 12.856.392,58.
2025 mantém o ritmo acelerado
De janeiro a setembro de 2025, os pagamentos já chegam a R$ 4.568.411,19, todos referentes ao próprio exercício, sem restos a pagar.
Se o ritmo continuar, 2025 deve fechar com valores próximos aos de 2024.
Total acumulado
Somando 2021 a 2024 e o período de janeiro a setembro de 2025, Palmeira dos Índios já pagou R$ 17.424.803,77 ao consórcio.
Por que isso preocupa?
Crescimento agressivo e desproporcional
Os gastos aumentaram mais de 430% em quatro anos, sem apresentação de relatórios técnicos consistentes, auditorias externas ou justificativas públicas detalhadas.
População não vê melhoria proporcional
Mesmo com milhões investidos, moradores relatam ruas escuras, lâmpadas queimadas, falhas constantes e demora no uso atendimento. O resultado entregue não acompanha o tamanho do investimento.
Falta de transparência
Não há divulgação clara de metas, trechos atendidos, custos por ponto de luz ou prestação de contas detalhada.
Para um consórcio que já consumiu quase R$ 18 milhões, a transparência é mínima.
Prioridade orçamentária questionável
Enquanto setores essenciais enfrentam dificuldades, o CIGIP segue recebendo valores milionários.
A iluminação pública virou uma das maiores prioridades financeiras da gestão, sem que isso se reflita na qualidade percebida pela população.
Conclusão, um contrato milionário que exige respostas imediatas
O CIGIP se consolidou como um dos contratos mais caros da administração Júlio Cezar, crescendo ano após ano sem justificativa clara e sem entregar melhorias proporcionais ao investimento.
A pergunta central permanece, para onde foi, e está indo esse dinheiro?
Sem auditorias, sem relatórios detalhados e com gastos cada vez maiores, a gestão deixa para a população mais dúvidas do que respostas. Palmeira dos Índios tem o direito de saber como e por que quase R$ 18 milhões foram destinados a um único consórcio em pouco mais de quatro anos.



