CSE recebeu mais de R$ 5 milhões em repasses públicos, e entregou à sociedade o maior vexame da sua história: divisão, caos, colapso e fechamento
A investigação do Estadão Alagoas, sustentada por documentos oficiais, revela que o Clube Sociedade Esportiva (CSE) consumiu R$ 5.068.000,00 dos cofres públicos entre 2021 e 2024, além de mais R$ 800.000,00 apenas nos nove primeiros meses de 2025.
Mesmo com cifras milionárias, o clube não apresentou evolução técnica, afundou em disputas internas e terminou 2025 da pior forma possível: fechado, sem comando e sem credibilidade.
Milhões em repasses, pouco futebol e zero transparência
O CSE recebeu:
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2021: R$ 748.000,00
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2022: R$ 1.515.000,00
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2023: R$ 1.060.000,00
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2024: R$ 1.745.000,00
Total: R$ 5.068.000,00 — dinheiro público.
Apesar disso, o clube sequer conseguiu montar um projeto sólido. Não houve avanços estruturais, não houve planejamento consistente e muito menos houve retorno esportivo compatível com o investimento feito pela Prefeitura de Palmeira dos Índios.
2025 expôs a verdade: o CSE não mostrou a que veio
O ano de 2025 escancarou aquilo que vinha sendo ignorado há muito tempo.
Com mais R$ 800 mil já repassados até setembro, o clube simplesmente não funcionou. Dentro de campo, faltou competitividade. Fora dele, faltou comando, gestão e responsabilidade com o dinheiro público.
A briga entre Barbosa e Ibson Melo detonou o que restava
O CSE virou palco de um constrangedor embate de ego entre Barbosa e Ibson Melo, cada um se autodeclarando dirigente legítimo.
A disputa interna não só comprometeu o desempenho do clube: destruiu sua estrutura administrativa.
E o óbvio aconteceu: o CSE fechou as portas
Sem gestão, sem transparência e sem comando — mas com dinheiro público em abundância — o CSE chegou ao que parecia impossível: encerrar suas atividades no auge do caos.
O fechamento, porém, não surpreende quem acompanhou os bastidores: era a consequência inevitável de anos de desorganização e falta de responsabilidade com recursos que pertencem à população de Palmeira dos Índios. Mas, já reabriu as portas e o comando voltou para José Barbosa.
O dever do Estadão Alagoas
O Estadão Alagoas reforça que todos os dados aqui apresentados são fruto de investigação séria, análise técnica e consulta a documentos oficiais.
O portal cumpre seu papel fiscalizador, independente e incômodo para quem teme a verdade.
Este caso mostra, mais uma vez, que dinheiro público sem fiscalização vira moeda de troca, vira crise e, por fim, vira escândalo.




