Família De Gabriel Lincoln Protesta E Cobra Agilidade No Julgamento De PMs
Seis meses após a morte de Gabriel Lincoln, de 16 anos, durante uma abordagem policial em Palmeira dos Índios, a família do jovem voltou às ruas para exigir justiça. Um protesto realizado na tarde desta sexta-feira (1º), em Maceió, reuniu parentes, amigos e apoiadores que pedem mais rapidez no julgamento dos policiais militares acusados de participação no crime.
O caso, que chocou Alagoas, ainda não teve desfecho na Justiça, e a demora tem gerado indignação. De acordo com os familiares, o sentimento é de que o processo “anda a passos lentos”, mesmo após o afastamento preventivo dos três PMs que respondem por homicídio, fraude processual e abuso de autoridade.
“Queremos Justiça”
Durante o ato, cartazes, velas e palavras de ordem lembraram o adolescente, morto com um tiro nas costas durante uma perseguição policial no dia 3 de maio. O pai de Gabriel, Ciro Pereira, pediu sensibilidade e prioridade ao Judiciário.
“Estamos lutando há seis meses para que algo seja feito. Queremos justiça e que o julgamento aconteça logo. Meu filho merece uma resposta”, afirmou.
A mãe, familiares e amigos reforçaram que seguirão mobilizados para que o caso não seja esquecido.
O que diz o processo
A Justiça já citou os policiais e aguarda a fase de resposta à denúncia para dar sequência ao rito processual, que inclui audiências, oitivas de testemunhas e alegações finais. A defesa dos PMs afirma que o trâmite segue dentro dos prazos legais.
Mesmo assim, para a família, o tempo é incompatível com a gravidade do que ocorreu. Eles pedem celeridade e transparência.
Relembre o caso
Gabriel Lincoln pilotava uma motocicleta quando, segundo os autos, se assustou com a abordagem e acelerou. A perseguição terminou com o jovem atingido pelas costas. O laudo pericial confirmou que o disparo foi a causa da morte.
O episódio gerou forte comoção após vídeos da ação policial circularem nas redes sociais, levantando questionamentos sobre a conduta dos PMs naquela noite.
Mobilização continua
O protesto em Maceió marcou mais um capítulo da luta da família por justiça. Eles afirmam que seguirão com atos e articulações até que o julgamento avance e os responsáveis sejam responsabilizados.




